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Trump elogia postura do Brasil frente à crise da Venezuela
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Trump elogia postura do Brasil frente à crise da Venezuela

| RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS | Bolsonaro disse que fará "o que for possível", em parceria com os Estados Unidos, para solucionar "o problema da ditadura venezuelana"
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a postura do Brasil frente à crise da Venezuela. O norte-americano lembrou que o País foi um dos primeiros a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e agradeceu o apoio brasileiro no envio de ajuda humanitária ao país vizinho.

Em seguida, Trump falou aos militares venezuelanos, pedindo para que eles deixem de apoiar o presidente Nicolás Maduro, a quem chamou de "uma marionete de Cuba".

Sobre possibilidades de ação em relação ao país, Trump afirmou que "todas as opções estão na mesa" quando o assunto é buscar soluções para a crise na Venezuela.

Questionado, se há a possibilidade de uma intervenção militar, bem como a aplicação de sanções econômicas mais duras, Trump não excluiu nenhuma delas, mas afirmou ser "triste" a situação vivida pela população venezuelana.

Indagado sobre eventual intervenção militar, Bolsonaro não disse se o Brasil apoiará ou não a ação no território venezuelano. Ele apenas falou que informações estratégicas não podem ser divulgadas. "É uma questão de estratégia. Tudo que tratarmos aqui será honrado, mas infelizmente certas informações, se vierem à mesa, não podem ser debatidas publicamente."

Assegurou, entretanto, que "o que for possível fazermos juntos para solucionar o problema da ditadura venezuelana, o Brasil estará a postos para cumprir. (…) Nós temos que somar esforços para botar um ponto final nessa questão que é ultrajante".

A estadia de Bolsonaro em solo norte-americano também foi marcada pela assinatura de acordo de permissão para que os EUA possam utilizar a Base de Alcântara, no Maranhão.

Além de Bolsonaro, trataram da questão os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Informação e Comunicações), e o Secretário-assistente do Escritório de Segurança Internacional e Não-proliferação do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Christopher Ford, durante o evento "Brazil Day", organizado por empresários na Câmara de Comércio dos EUA.

As atenções voltariam-se ao chanceler brasileiro mais vez. Ernesto Araújo teria sido ofuscado pelo filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Numa quebra de protocolo, que previa apenas os dois presidentes, o filho acompanhou o pai ao Salão Oval, quando o encarregado pelas relações exteriores brasileiras esteve do lado de fora. Após o encontro dos dois, em dado momento de sua fala, Trump disse que o trabalho do parlamentar tem sido "fantástico".

"A deferência que Trump fez a mim hoje é motivo de honra, mas foi para toda minha família, principalmente ao Carlos (Bolsonaro), que esteve a maior parte do tempo ao lado do JB durante o período difícil", avaliou Eduardo em publicação no Twitter. E concluiu: "assim, Trump também mostrou 1 vez seu apreço para a família".

O deputado ainda contrariou comentários que apontavam para seu destaque em detrimento do ministro das Relações Exteriores. "Não estamos numa competição e todos os meus passos na área internacional são dados sob orientação do Ministro Ernesto Araujo, pois temos uma excelentíssima relação", comentou.

Ainda reafirmou a conclusão do pai sobre a estadia nos Estados Unidos: "o clima geral na comitiva é de missão cumprida". (Com agências)

 

Perdão

Em entrevista à Fox News, Bolsonaro afirmou que maioria dos imigrantes não tem boas intenções e não querem o bem do povo americano. Depois, afirmou ter cometido um equívoco. "Boa parte tem boas intenções, a menor parte, não. Peço desculpas aí", disse em coletiva em Washington.

 

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