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Por cláusula de barreira, PPL será incorporado pelo PCdoB hoje
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Por cláusula de barreira, PPL será incorporado pelo PCdoB hoje

| DESEMPENHO | De um total de 35 partidos, apenas 21 receberão verbas do Fundo Eleitoral
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Como alternativa à cláusula de desempenho, o Partido Pátria Livre (PPL) será incorporado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Após atos de formalização nos estados, evento de tática ocorre desde ontem, se estendendo até hoje, em São Paulo. União das siglas visa cumprir requisitos para as próximas eleições, como exigência mínima de onze deputados federais.

No Ceará, o PPL tem a vereadora Larissa Gaspar. Embora veja a sigla comunista com bons olhos, ela ainda não sabe se entrará para as fileiras do partido.

"Ainda não tenho uma definição, tenho recebido ligações, feito diálogos com forças do campo progressista, de mandato atuante, de luta. Vou buscar compreender o cotidiano dessas legendas", diz a deputada. Ela acrescenta guardar boas relações com o PT e o Psol, embora não descarte estar no PCdoB.

Para ela, a chamada cláusula de barreira é prejudicial ao processo eleitoral e democrático. "É estratégia para acabar com a pluralidade partidária, política, com uma diversidade própria do povo brasileiro", diz. A quantidade de partidos, defende Larissa, deve ser compatível com a diversidade de concepções ideológicas do País.

O colega de Câmara Municipal, Evaldo Lima (PCdoB) concorda com Larrisa e aponta que a cláusula foi grave aos dois partidos. "Eu acredito que esse ponto da Reforma Política é bastante questionável por ameaçar partidos históricos. O PC do B é um partido sempre presente nas lutas sociais, no campo das ideias, sempre protagonista".

Na Câmara, o PPL tem três vereadores. Além de Larissa, a sigla conta com o líder de Roberto Claúdio (PDT), Ésio Feitosa, e Gardel Rolim. "A gente tem conversado muito com eles. São de muita qualidade, de destaque. Nosso presidente conversou individualmente com eles para que sejam muito bem-vindos ao PCdoB". Evaldo pondera, contudo, não saber se os parlamentares permanecerão na sigla.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de um total de 35 partidos registrados, 21 terão acesso aos recursos do Fundo, cujo valor global para 2019 foi estabelecido em R$ 927.750.560,00 pela Lei Orçamentária Anual. Ficam excluídas as siglas que não cumpriram os requisitos fixados na cláusula.

Além de PCdoB e PPL, as siglas que tentam se adequar às normas são: Rede, Patriota, PHS, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRP, PRTB, PSTU e PTC.

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