As dificuldades projetadas por Ciro Gomes (PDT) quanto à aprovação da Reforma da Previdência não é o único problema enfrentado pelo presidente em menos de dois meses no poder. "Me preocupo muito gravemente com a rapidez com que está se deteriorando o capital político dele. Do jeito que vai, esse capital político em seis meses estará dissipado. E aí o que eu temo é a confusão", analisa Gomes.

Entre os problemas, a queda do ministro Gustavo Bebianno, a suspeita de candidaturas de fachada no PSL, além das ligações entre o filho do presidente e um ex-assessor, investigado por movimentações bancárias suspeitas.

"Que história é essa de um cheque desse Queiroz na conta da primeira-dama? Diz o Bolsonaro que foi ele que pagou um empréstimo. De onde vem esse dinheiro que o Bolsonaro emprestou para o Queiroz? Isso tudo vai ser tirado a pratos limpos", critica.

Ele ressalta, contudo, que a avaliação dele só será realizada no marco de 100 dias de Bolsonaro no poder. "Em homenagem aos 57 milhões de eleitores dele, não é razoável a gente ficar pegando pião na unha".