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Girão muda de partido em busca de maior protagonismo
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Girão muda de partido em busca de maior protagonismo

| NO PODEMOS | O senador explicou que a definição de deixar o Pros para se filiar ao Podemos guarda relação com eleição à presidência do Senado
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Girão foi decisivo para o retorno de Ceni.  (Foto: Mateus Dantas)
Foto: Mateus Dantas Girão foi decisivo para o retorno de Ceni.

Recém-saído da lista de filiados do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), o senador Eduardo Girão, agora no Podemos, elencou razões que justificam a migração para o novo partido, ocorrida sábado passado,2.

Em nota, o político explicou que a definição de deixar a legenda guarda relação com o pleito do último sábado, 2, que deu a Davi Alcolumbre (DEM-AP) a presidência do Senado.

Em primeiro lugar, Girão destaca a retirada da candidatura do líder do Podemos à presidência do Senado, Alvaro Dias, "por quem tenho uma admiração de longa data",
que o comoveu.

Entre vários nomes postos, Alcolumbre foi o escolhido como candidato anti-Renan. Além de Dias, eram possibilidades ainda Simone Tebet (MDB-MS), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Major Olímpio (PSL-SP), que se retiraram da disputa.

"Também não me senti bem em ficar em um partido que tinha até candidato à Presidência do Senado e que não seria a minha opção de voto", acrescenta o ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube, se referindo ao ex-presidente Fernando Collor, que obteve três votos nesta eleição.

No Podemos, o senador revela que terá mais espaços para defender suas bandeiras, que "abraço há tempos". Girão já liderou movimento anti-aborto, além de marcar posições contrárias a, por exemplo,
jogos de azar.

Na nota, ele se referiu também ao padrinho político, o deputado federal Capitão Wagner, que preside o Pros no Estado. Disse que o amigo e líder o acompanhou durante todo o processo de reflexão que resultou na sua saída do partido e "compreendeu a coerência dos fatos". A foto postada na rede social dele, inclusive, mostra o contorno dos dois saindo do que seria uma igreja.

Conforme o deputado Capitão Wagner, os dois já vinham conversando sobre a questão há dias e saída se deu de modo tranquilo. Wagner afirma que causou algum constrangimento a candidatura de Collor à presidência do Senado, já que Girão foi um dos protagonistas das tratativas que buscaram um nome que pudesse derrotar Calheiros.

Na contramão de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Girão também liderou movimento no Congresso, colhendo a maioria das assinaturas entre senadores para que a eleição se desse com voto aberto. Embora pudessem manter a escolha em segredo, muitos publicizaram o candidato, caso dele e de Tasso Jereissati (PSDB), por exemplo. A abertura dos votos levou Calheiros a largar a postulação, já que entendeu o pleito como ilegítimo.

Além disto, Wagner também externa que o senador pensou que seria líder da bancada na Casa, já que foi o único eleito pela sigla. Doutora Zenaide Maia, do Rio Grande do Norte, se elegeu pelo PHS; Collor, antes no PTC, entrou para os quadros do Pros em janeiro deste ano e o já senador Telmário Motta, de Roraima, era do PTB, tentou o governo do estado e perdeu. Motta assinou ficha de filiação na última quinta-feira, 31, e foi anunciado líder da bancada do Pros.

No Senado, os novos correligionários de Girão serão Alvaro Dias e Oriovisto Guimarães, ambos do Paraná; Elmano Férrer, do Piauí; o ex-jogador Romário, do Rio de Janeiro; Rose de Freitas, do Espírito Santo e Styvenson Valentim, do Rio Grande do Norte.

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