"Poderia contribuir mais amiúde" na Câmara Federal
A declaração foi dada em evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), ao qual também compareceram Camilo e o senador eleito Cid Gomes, do PDT.
Segundo Mauro Filho, "numa reflexão mais aberta, a minha avaliação é que o Estado está bem financeiramente" e que o secretário interino, João Marcos, "está fazendo um extraordinário trabalho".
Durante a campanha presidencial, o pedetista foi o principal assessor econômico do então candidato Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na corrida eleitoral.
À frente de projetos como o "SPCiro", que prometia facilitar o pagamento de eleitores que tinham dívidas com órgãos de crédito, Mauro Filho passou a ganhar mais visibilidade nacional.
Embora não descarte permanecer no comando da Secretaria da Fazenda do Estado, posto que ocupou durante o primeiro mandato de Camilo, o deputado eleito já faz planos para 2019.
Sobre uma proposta de reforma da Previdência, por exemplo, ele disse que, "se o Paulo Guedes (ministro da Economia de Jair Bolsonaro) não apresentar até dia 28 de fevereiro, e eu realmente indo, eu vou apresentar".
Perguntado se isso seria indicativo de que deixará o posto no Ceará, o economista, no entanto, ressalva.
"Eu aprendi com meu pai, senador Mauro Benevides, que quem nomeia e quem exonera secretário é governador do Estado. Portanto, isso não é uma decisão", disse. (Henrique Araújo)
Reforma
CORTE DE GASTOS
Em mensagem enviada à Assembleia Legislativa, o governador Camilo Santana propõe extinguir seis pastas das 27 existentes e eliminar 997 cargos comissionados, apenas três a menos do que o sugerido pelo estudo encomendado a uma consultoria e que serviu de base para o corte adotado por Camilo. A economia planejada será de R$ 27 milhões por ano para os cofres do Ceará. Deputados devem votar mensagem até terça-feira.