Presidente eleito volta a chamar médicos cubanos de 'escravos'
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Presidente eleito volta a chamar médicos cubanos de 'escravos'

2018-11-19 01:30:00
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse ontem, após participar da etapa do Rio de Janeiro do Grand Slam de Abu Dhabi, torneio mundial do jiu-jítsu, que o presidente Michel Temer está tratando da questão da saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos. Na quarta-feira passada, o governo de Cuba anunciou a decisão de abandonar o programa, alegando críticas que o presidente eleito teceu ao Mais Médicos.

 

Segundo Jair Bolsonaro, será necessário avaliar os casos das centenas de municípios que ficarão sem médicos, pois alguns dispensaram seus profissionais para ingressar no programa federal. "Eu não sou presidente. Dia 1º de janeiro, após a posse, nós vamos apresentar o remédio para isso, mas o presidente Temer já está trabalhando nesse sentido", disse. O presidente eleito falou

 

Segundo ele, algumas prefeituras mandaram embora seus médicos para receber um profissional, com o custo assumido pelo Governo Federal. "Tem prefeitura que mandou o médico embora para pegar o cubano. Quer ficar livre da responsabilidade. A saúde também tem sua responsabilidade", disse, frisando que a convocação de profissionais do Exército só é feita em caso de necessidade.

 

O presidente voltou a chamar o regime de trabalho dos cubanos no Brasil de "escravidão" e afirmou que será possível substituir os profissionais se for oferecido "tratamento adequado". "Não podemos admitir escravos cubanos trabalhando no Brasil e não podemos continuar financiando a ditadura de Cuba", disse.

 

Das 18.240 vagas do Mais Médicos no Brasil, 8.332 eram ocupadas por cubanos. No Ceará, eram 448 médicos de Cuba em 118 municípios.

 

Bolsonaro também disse que ainda não escolheu o ministro do Esporte. Segundo ele, a fusão com a pasta da Educação ainda não está decidida, mas o Esporte terá espaço de destaque em seu governo. "Eu falo uma coisa aqui e lá na frente falam que estou recuando. Estamos definindo essas coisas todas", disse, em entrevista.

 

O presidente eleito comentou a análise das contas de campanha pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mostrou tranquilidade. "Foi a campanha mais barata da história", respondeu.

 

Antes de retornar para casa, o presidente eleito parou em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na altura do Posto 4, próximo a sua residência. Lá, acompanhado por seguranças da Polícia Federal, cumprimentou eleitores

O presidente eleito deve voltar a Brasília na próxima terça-feira (20) para mais uma rodada de reuniões com autoridades e a equipe de transição

com Agências

 

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