Joaquim Levy, Ivan Monteiro e o cearense Mansueto Almeida no novo governo
O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E, de acordo com informações do blog da jornalista Cristina Lôbo, o futuro ministro da Economia de Bolsonaro (PSL), Paulo Guedes, acertou os nomes já conhecidos de Ivan Monteiro, para continuar na Presidência da Petrobras, e do cearense Mansueto Almeida para permanecer na Secretaria do Tesouro ou ser secretário da Fazenda.
Sobre Mansueto, O POVO já havia publicado, em 14 de outubro deste ano, que ele era cotado para compor a equipe econômica do novo. À época, antes do resultado das eleições, a coluna do editor-executivo de Economia do O POVO, Raone Saraiva, citava que o economista foi convidado por Guedes e que os dois vinham mantendo conversas sobre a atual situação fiscal do Brasil, cujas contas públicas devem fechar 2018 com déficit de R$ 148,1 bilhões.
"Apontado como ministro da Fazenda de Bolsonaro, Guedes já elogiou publicamente o trabalho de Mansueto, por quem tem ótima impressão devido ao seu espírito público e conhecimento técnico", afirmava a coluna. Quando questionado, Mansueto preferiu se esquivar. Disse apenas que "as eleições não acabaram" e "não faz sentido membros da equipe econômica atual ficarem se posicionando sobre esse assunto".
O fato é que se Mansueto trocar de Secretaria, o cargo corresponderá ao de ministro da Fazenda, mas com a nova estrutura administrativa, perderá o status de ministro para ficar abaixo do ministro da Economia, que será Guedes.
Conforme o blog de Cristina Lôbo, a permanência de Ivan Monteiro na presidência da Petrobras já foi comunicada ao atual governo. A publicação informa que Monteiro também fez uma apresentação sobre os números da companhia ao vice-presidente eleito Hamilton Mourao e foi elogiado pelos resultados obtidos; e também teve conversa com o futuro ministro da Economia.
Já Levy, atual diretor financeiro do Banco Mundial, já está esvaziando suas gavetas na sede da instituição multilateral, em Washington (EUA), para se mudar para o Rio, substituindo Dyogo Oliveira no comando do banco de fomento brasileiro.
Ele assumiria o cargo sob promessa de ampliar a interação do BNDES com os organismos multilaterais, como o próprio Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Eventuais parcerias para o banco brasileiro captar recursos junto a essas instituições permitiriam ampliar o montante a ser devolvido ao Tesouro no próximo ano.
A oficialização do nome de Levy para o cargo deve sair entre esta segunda e terça-feira. O economista, que mora hoje nos Estados Unidos, estava em dúvida se aceitava o convite por conta da família - que não deve voltar ao Brasil de imediato -, mas acabou dizendo sim. (Com Agência Estado)
As sugestões
Políticas Macroeconômicas:
Autonomia do Banco Central; responsabilidade fiscal e solvência das contas públicas por meio de reformas previdenciária, administrativa e patrimonial, incluindo, algumas desestatizações; uniformização e simplificação da tributação do consumo, da renda e da folha e revisão dos regimes simplificados de tributação; aumentar a participação no comércio exterior.
Políticas Microeconômica:
Fortalecimento da segurança jurídica, previsibilidade regulatória e um ambiente de negócios mais favorável; mais investimentos em infraestrutura com diretrizes que reconheçam as obrigações do Estado no âmbito do planejamento e regulação, e inversamente, uma política voltada a mobilizar o potencial de contribuição do setor privado; fortalecimento das políticas em Ciência & Tecnologia (C&T;).
Políticas Sociais:
Redução dos níveis de pobreza existentes; reestruturação do sistema previdenciário; reformulação na gestão de recursos na educação; reformulação da rede de Proteção Social, com rearranjo do programa Bolsa Família; intervenção de forma organizada e articulada da Polícia, da Justiça Criminal, do Sistema Prisional e da Política Econômica de Modo a Melhorar a Gestão na Área de Segurança Pública.
Políticas transversais de sustentabilidade:
Estabelecer esforços para convergir a uma meta de desmatamento zero no mais curto prazo possível e uma economia com baixa emissão de carbono, e construir medidas urgentes para superar o atraso em relação ao baixo acesso da população ao saneamento básico e caminharmos para aglomerados urbanos sustentáveis. Além de comprometimento com a retomada dos processos de reconhecimento de territórios quilombolas e indígenas.
Fonte: Carta Brasil - um conjunto de propostas para o novo governo 2019/2022