Eleições das fake news ou do whatsapp?
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Eleições das fake news ou do whatsapp?

2018-11-03 01:30:00

Criada para cobrir e debater de forma paralela as eleições 2018, a coluna Nas Redes esteve no O POVO de segunda-feira a sábado, em 86 oportunidades, para capturar o que de mais importante repercutiu na web. Em uma campanha de dois turnos, que elegeram presidente, governador, senadores, deputados estaduais e federais, a web e as redes sociais foram tão importantes.

 

Percorremos diariamente a timeline dos candidatos (Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Gab e houve citação até ao Tinder), de veículos internacionais, personalidades, especialistas, políticos e eleitores em geral. Utilizamos o Google Trends, Social Monitor, Crowdtangle e outras ferramentas.

 

Foi um pleito movido por hashtags, likes, compartilhamentos, lives, visualizações, engajamento e performance. De post em post, tuítes e retuítes, fotos e vídeos, trombamos com robôs, xingamentos e desinformação. Tanto que até agora estou indeciso se estivemos diante da "eleição das fake news" ou da "eleição do Whatsapp". Para fechar a cobertura, vamos ao ranking com os assuntos que mais performaram nas eleições 2018:

 

#MensalinhoDoTwitter

Foram mais de 50 mil tuítes em 24 horas. Agência contratou influenciadores digitais que dialogavam com a esquerda, para tuitarem a favor da causa. Mas era uma divulgação apenas do PT, e não da esquerda (28/8/2018).

 

Google Trends

Ferramenta Google que informa os termos mais buscados, o Trends indicou o nível de interesse dos usuários cearenses a partir das pesquisas do nome dos candidatos. Já era o indicativo de que os eleitores buscavam mais os nomes de Cid Gomes e Eduardo Girão entre os senadores (14/9/2018).

 

#eleNão

Movimento feminista contrário a Jair Bolsonaro teve adesão de muitas personalidades da classe artística nacional (Anitta, Iza, Ludmilla, Pablo Vittar, Patrícia Pillar, Deborah Secco, Fernanda Paes Leme, Astrid Fontenelle, Daniela Mercury, Débora Falabella, Sônia Braga etc), e internacional (Madonna, Cher, Ellen Page, Dua Lipa, Black Eyed Peas, U2 e Franz Ferdinand), com manifestações por todo o Brasil e cidades pelo mundo (17/9 e 1º/10/2018).

 

Deputubers

Youtubers eleitos em 2018: André Fernandes (500 mil inscritos no canal): estadual (PSL-CE), 109 mil votos. Joice Hasselman (1 milhão de inscritos): jornalista condenada por plágio, federal #1 (PSL-SP) com 1 milhão de votos (PSL). Arthur "Mamãe, Falei" (2 milhões de inscritos): estadual (DEM-SP) com 470 mil votos. Luís Miranda (800 mil inscritos): federal (DEM-DF) com 65 mil votos (13/10/2018).

 

Fake News

A Organização dos Estados Americanos (OEA) atesta que o Brasil é o 1º caso comprovado de que o uso maciço de fake news na web influenciou votos na eleição presidencial. E, por isso, novo projeto de lei para o combate a fake news ganhou o nome de Lei Bolsonaro no Chile, "homenagem ao candidato que espalhou notícias falsas durante toda a sua campanha". (25 e 26/10/2018).

 

Caixa 2 do Whatsapp

Após denúncia do jornal Folha de SP, O TSE chegou a fazer uma coletiva de imprensa para informar que denúncias de compra de mensagens anti-PT por empresários bolsonaristas seriam apuradas. Foi o caso do #Caixa2doBolsonaro, que atingiu o topo dos assuntos mais comentados do Twitter. (22/10/2018).

 

Mais lidas

As três colunas mais lidas foram "Ninguém solta a mão de ninguém" (movimento de resistência nas pessoas que não votaram em Bolsonaro); "Lobão se reinventa como tuiteiro regente de robôs" (antipetista assumido, o sessentão destila ódio ao criar ou reproduzir palavras-chave no Twitter); e "Os 10 termos mais buscados durante as eleições 2018".

 

Termos buscados

Considerando o histórico de buscas no Google, são: Venezuela (36% de crescimento em buscas na web, no período); Comunismo (26%); Kit gay (19%); Socialismo (17%); Lei Rouanet (14%); Fascismo (13%); Debate (12%); Fake news (7%); Caixa 2 (6%). (27/10/2018).

 

Daniel Herculano

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