Camilo encomendou estudos para rever composição do governo
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Camilo encomendou estudos para rever composição do governo

2018-11-10 01:30:00
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A reeleição com quase 80% dos votos não garante que o governo de Camilo Santana (PT) permanecerá igual no segundo mandato. O governador encomendou estudos a secretarias e deve fazer alterações no seu secretariado. As mudanças, porém, só devem ser anunciadas no próximo mês.

 

Camilo tem evitado tocar no assunto. Nos bastidores, cogita-se até a possibilidade de corte de pastas, somada ao desafio de acomodar os 24 partidos que apoiaram a campanha do governador nas eleições. Aliados têm evitado adiantar qualquer definição, mas não escondem o desejo dos partidos da base de receberem cargos no governo.

 

Maia Júnior, o secretário estadual do Planejamento e Gestão, afirmou que esse é o momento de os titulares das pastas "aguardarem as definições" e disse que Camilo "encomendou estudos a todas as pastas para tomar as decisões".

 

Experiente na administração pública, Maia Júnior adiantou que não pretende permanecer no cargo após o dia 31 de dezembro deste ano. "Foi o que celebrei com o governador e o que falei para a família. Qualquer decisão diferente eu tenho que avaliar", disse.

 

Presidente do PT no Ceará, Moisés Braz disse que o partido ainda vai conversar com Camilo para definir o espaço que terá no governo. Atualmente, a legenda tem três secretarias e espera ampliar a representação. "Ele teve uma coligação muito ampla e vai precisar acomodar esse grupo, não fazendo negociata, mas escolhendo quem tem capacidade administrativa", admitiu. "O PT vai dialogar com o governador para continuar com os espaços que o partido tem e, se possível, ampliar, nós queremos ajudá-lo a fazer uma boa administração".

 

O MDB, sigla que se aproximou do Governo do Estado por intermédio do senador Eunício Oliveira, também pode receber alguma pasta. Até o momento, porém, deputados da legenda garantem que nada foi discutido sobre o tema. É o que afirma o deputado estadual Walter Cavalcante. "É natural que os partidos que ajudaram ele a se reeleger queiram continuar ajudando", ponderou. Sobre especulações de que Eunício, após não ter sido reeleito, poderia ocupar alguma pasta, ele disse que não acredita. "Ele vai continuar atuando politicamente no MDB, dando suporte, inclusive em Brasília", explicou.

 

Outra legenda que deve ter um espaço satisfatório no governo é o PDT, partido de Cid e Ciro Gomes (PDT). Três filiados do partido eram secretários até o início do ano, mas deixaram os cargos para concorrer às eleições. Destes, dois venceram: Idilvan Alencar, que ocupava pasta da Educação, e Mauro Filho, da Fazenda, deputados federais eleitos.

 

SUPLENTES

Se Mauro Filho e Idilvan Alencar (ambos do PDT) se licenciarem da Câmara dos Deputados no próximo ano para voltar às secretarias estaduais, os dois primeiros na fila dos suplentes são Aníbal Gomes (DEM) e Odorico Monteiro (PSB).

 

 

Letícia Alves

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