Apenas um nordestino vai a encontro de governadores com Bolsonaro
PUBLICIDADE

VERSÃO IMPRESSA

Apenas um nordestino vai a encontro de governadores com Bolsonaro

2018-11-15 01:30:00
NULL
NULL

[FOTO1]O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou ontem que os governadores eleitos do Nordeste têm "todo interesse" em trabalhar em conjunto com a Federação a partir do próximo ano. Dias é o único representante do Nordeste em encontro dos governadores eleitos em 2018 com a participação do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília. "Estou bastante animado que vamos poder dialogar. A disposição do Nordeste é do diálogo", afirmou ao chegar no evento.

Segundo Dias, os demais governadores nordestinos não compareceram porque tinham outros compromissos. Ele justificou, ainda, que o encontro foi organizado por três governadores, e não pelo presidente eleito.

A reunião foi uma iniciativa dos governadores eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) para debater propostas de atuação conjunta dos Estados e também dar um panorama dos principais problemas. "Todos do Nordeste gostariam de estar aqui. O que acontece é que é uma iniciativa de três governadores eleitos e não do presidente eleito", destacou o governador do Piauí.

Dias afirmou que os governadores do Nordeste pretendem marcar uma reunião com Bolsonaro após a posse, no início do ano que vem, e devem entregar uma manifestação com os principais interesses da região, citando como prioridade a área da segurança pública e também a geração de empregos.

Sobre as pautas do novo governo, Dias não descartou apoio à reforma da Previdência, mas disse que é preciso defender "que (a proposta) não se transforme em prejuízo aos mais pobres e mulheres". "É uma pauta nacional, claro que é possível trabalhar a Previdência", respondeu.

Jair Bolsonaro afirmou aos governadores que, por vezes, é necessário adotar "medidas que são um pouco amargas" para evitar o agravamento da crise no País. Ele não detalhou que medidas são essas, mas disse que o esforço é para evitar que o Brasil se transforme em uma Grécia. Bolsonaro lembrou que as reformas têm de passar pela Câmara e pelo Senado e pediu a compreensão dos presentes.

"Algumas medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo", afirmou Bolsonaro. "Temos de buscar soluções, não apenas econômicas. Se conseguirmos diminuir a temperatura da insegurança no Brasil, a economia começa a fluir."

Segundo o presidente eleito, as soluções passam pelo apoio dos estados.

Com agências

 

PACTO

Bolsonaro propôs aos governadores um pacto a favor do Brasil, que será negociado independen-temente de partido. "A partir deste momento não existe mais partido, nosso partido é o Brasil", disse, sob aplausos.

 

 

TAGS