PF abre inquérito sobre vídeo com ataques ao STF e TSE
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar um vídeo no qual o coronel da reserva do Exército Carlos Alves refere-se à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, como "salafrária e corrupta", além de criticar e fazer ameaças a outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A abertura do inquérito foi confirmada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Foram abertos ainda outros três inquéritos para apurar ameaças a Rosa Weber.
"Ontem mesmo determinei instauração de inquérito para apurar essas agressões de que ela foi vítima, sabemos de quem se trata e onde se encontra", disse Jungmann.
Os ministros da 2ª Turma do STF aprovaram ofício, na última terça, para que o coronel fosse investigado, a ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que se adiantou e solicitou a abertura do inquérito pela PF.
Em resposta ao vídeo, o ministro Celso de Mello, o mais antigo do STF, prestou solidariedade a Rosa Weber e aos ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luiz Fux, que também foram citados.
No vídeo de 29 minutos, o coronel Carlos Alves fez ameaças ao TSE, caso o tribunal leve adiante uma ação que possa resultar na cassação do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro.
Em nota divulgada na noite de terça-feira, 23, o Exército informou ter aberto uma investigação para apurar a conduta do coronel da reserva. "O referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército Brasileiro", afirma o texto.
Desde início do processo eleitoral, a PF já abriu 2.007 inquéritos para apurar irregularidades, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Agência Brasil
AMEAÇA
"Se aceitarem essa denúncia ridícula e derrubarem Bolsonaro por crime eleitoral, nós vamos aí derrubar vocês aí, sim", afirma em vídeo o coronel Carlos Alves, ao ameaçar o Tribunal Superior Eleitoral.