"O Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano", diz Haddad
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"O Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano", diz Haddad

2018-10-20 01:30:00
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Na noite em que desembarcou em Fortaleza para cumprir agenda de campanha no Estado, o presidenciável pelo Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, defendeu sua candidatura em detrimento da de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto. "Modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano".

 

Haddad afirmou que ganhar a eleição terá um "gostinho especial", pois não seria vencer de um cara qualquer, mas de alguém que faz mal para a política. Segundo ele, Bolsonaro é um "trambiqueiro", um "destrambelhado".

 

"E não é qualquer mal que ele traz pra política, não. É um mal que leva à violência, que leva ao desrespeito. É evangélico desrespeitando católico, é branco desrespeitando negro. É homem desrespeitando mulher. Porque ele estimula esse tipo de coisa o tempo inteiro. Coisas que a gente não via mais na política acontecer", declarou.

 

Ele chegou à Cidade pelo Aeroporto Velho, na Vila União, acompanhado de sua mulher, Ana Estela, do deputado federal reeleito José Guimarães (PT), responsável pela coordenação de campanha no Ceará, e do candidato a governador derrotado na última eleição, Ailton Lopes (Psol).

 

Recepcionado por um grupo de apoiadores, Haddad não falou com a imprensa e foi direto para o Comitê Cultura, na Praia de Iracema. No local, em discurso aos apoiadores, o postulante ao Palácio do Planalto afirmou que tem sido "o centro de calúnias" de seu adversário.

 

Ele também cobrou providências quanto a investigações da campanha de Bolsonaro. Conforme reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, na última quinta-feira, 18, empresários apoiadores do militar da reserva teriam comprado pacotes de compartilhamento em massa de mensagens no WhatsApp contra a candidatura do petista.

 

"Esperamos que, com o tranco de ontem (18), essas denúncias tragam prisão preventiva de algum empresário, para que eles denunciem em delação o quê que aconteceu na campanha dele (Bolsonaro)", argumentou o ex-secretário da Educação.

 

Haddad complementou ainda: "Mas independentemente disso o Ministério Público Eleitoral vai abrir inquérito para apurar a denúncia. Isso tudo contém o lado de lá, que vai ficar com um pouco de medo de cometer novos crimes".

 

Acreditando em uma virada até o dia da votação, dia 28 de outubro, o candidato pediu para seus eleitores multiplicarem a presenças nas redes sociais. "A atividade digital tem que ser marcante nestes dez dias para conter a 'mentiraiada' que ele conta e para fazer o Brasil ser feliz de novo", enfatizou.

 

O postulante do PT participará na manhã deste sábado, 20, de uma manifestação de rua chamada "Caminhada pela Democracia". Ao informar o horário, Haddad brincou: "Amanhã estaremos na Praça da Bandeira às 8h13min". Para a atividade, é prevista a participação do governador Camilo Santana (PT). A caminhada sairá em direção à Praça do Ferreira. Na sequência, o petista irá ao município do Crato, no Cariri, onde realiza ato a partir das 15 horas.

Com informações do repórter Henrique Araújo

 

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