"Na Câmara, PT e PDT vão ter que trabalhar juntos"
PUBLICIDADE

VERSÃO IMPRESSA

"Na Câmara, PT e PDT vão ter que trabalhar juntos"

2018-10-30 01:30:00

 

A vitória de Jair Bolsonaro
(PSL) ao Palácio do Planalto impõe
um rearranjo das forças de
oposição no Congresso a partir
de 2019.

 

E o primeiro desafio é a eleição
para a presidência tanto
da Câmara quanto do Senado.
Antes, porém, os partidos ainda
avaliam o estrago produzido
pela onda bolsonarista no País.

 

Sociólogo e pesquisador da
Universidade Federal do Ceará
(UFC), Cleyton Monte afirma
que, ainda que existam dificuldades,
“PT e PDT vão ter que
trabalhar juntos” caso queiram
obter espaços nas mesas-diretoras
do Legislativo.

 

Para o estudioso e membro
do Conselho de Leitores do O
POVO, no entanto, a briga pela
liderança da oposição antecedeu
a corrida pela presidência
das casas congressuais.

 

“O que ficou claro na estratégia
do Ciro é que ele quer liderar
uma nova oposição”, afirma
Monte. “O pedetista tem uma
visão de que o lulismo saiu enfraquecido
fora do Nordeste e
não tem grande chance de sustentar
um projeto nacional apenas
numa região.”

 

Para o estudioso, o ex-governador
do Ceará “está buscando
se distanciar do Lula e
do PT” de olho em 2022, mas o
“PT não vai aceitar isso passivamente”.

 

“O partido conseguiu algo interessante”,
continua. “Recompor
a base social e estabelecer
uma maior aproximação com
os movimentos sociais.”

 

Monte prossegue: “O Ciro
não é um político orgânico, não
tem lastro social. Que interesses
ele representa? Ele vai bater
de frente na disputa política, e,
se isso acontecer logo agora, vai
ser ruim pra esquerda”.

 

O pesquisador avalia que,
para Ciro, a melhor saída para
se fortalecer nessa disputa é
abrir canais de diálogo com legendas
que integram o chamado
“centrão”.

 

Reunião

O PT se
reúne em São
Paulo hoje
para discutir
o resultado
da disputa
presidencial.
O partido
só venceu
numa região
do País: o
Nordeste. Jair
Bolsonaro foi
vitorioso no
Sul, Sudeste e
Centro-Oeste.

 

TAGS