Estudo projeta base aliada de Haddad e Bolsonaro
PUBLICIDADE

VERSÃO IMPRESSA

Estudo projeta base aliada de Haddad e Bolsonaro

2018-10-06 01:30:00

Além de projetar a composição do Legislativo para os próximos quatro anos, a Arko Advice também antecipou o comportamento do Congresso em eventuais governos de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), atuais líderes nas pesquisas de intenções de voto.

 

O estudo aponta que se o integrante do PSL for eleito, ele deverá ter em sua base aliada entre 230 e 295 deputados federais. No Senado, seriam aliados de Bolsonaro entre 18 e 42 parlamentares. Caso seja Haddad o candidato a vencer as eleições, ele poderá contar com o apoio de 295 a 365 deputados federais e de 29 à 54 senadores.

 

"Pelos números, constata-se que um eventual governo Bolsonaro teria dificuldades para aprovar reformas constitucionais, que requerem 308 votos na Câmara e 49 no Senado". Descreve o estudo, justificando que a desvantagem do integrante do PSL se deveria à dificuldade que ele teria de negociar com partidos de esquerda.

 

Entretanto, a cientista política Paula Viera identifica fatores que podem contribuir para desenhar cenários distintos dos apontados pela consultoria. "As bancadas temáticas dificultariam muito um governo do PT", afirma, referindo-se a setores do Congresso que correspondem a interesses ruralistas, religiosos e armamentistas, entre outros.

 

A tradição política brasileira também indica mais possibilidades. Segundo Paulo Baia, "o (futuro) presidente vai negociar com as maiorias do Congresso. Seja Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad, ele vai fazer um acordo com a maioria do Congresso Nacional, como acontece tradicionalmente."

 

O cientista político considera tal acordo entre executivo e legislativo possível mesmo após crises de governabilidade como as relacionadas ao recente impeachment de Dilma Rousseff. "Continua possível e será realizado até o dia primeiro de janeiro, embora o Congresso só tome posse no dia primeiro de fevereiro".

 

Senado

De acordo com a Arko Advice, a tendência é que haja aumento de legendas no Senado. As que têm maiores chances de crescer suas bancadas são PSD, PSB, PDT e Rede. Alguns partidos que possuem representação na Casa podem deixar de ter, caso de PRB, PPS e PCdoB. Já outros podem passar a ter assento, como PSL, PSC, Solidariedade, PSOL, PHS, PV e PRP.

 

TAGS