As pesquisas por telefone incrementaram o mercado já ocupado pelo método de entrevistas presenciais. E num período eleitoral reduzido, com apenas 45 dias, foram inúmeros levantamentos divulgados. Hoje, Ibope e Datafolha apresentam novas sondagens.

 

Para o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais Fábio Wanderley Reis, a divulgação de informações verdadeiras sobre a disputa eleitoral é sempre benéfica para os eleitores tomarem uma decisão mais consciente. Ele afirma que as sondagens influenciam sobretudo os que optam pelo voto "útil".

 

O cientista político Valmir Lopes, professor da Universidade Federal do Ceará, afirma que não são as pesquisas por si só que influenciam o eleitorado, mas as leituras que são feitas a partir da divulgação.

 

Os especialistas alertam para o peso das pesquisas que preveem os possíveis cenários de segundo turno entre os candidatos mais bem colocados. "Se esconde (que) os dois que vão para o segundo turno reiniciam a campanha. Você terá uma disputa em um outro patamar", explica Valmir Lopes.

 

"Você está jogando para o futuro, mas o futuro será completamente alterado. A preferência do eleitorado vai ser completamente alterada", conclui.

 

Já o professor Fábio Wanderley Reis considera que as previsões de diferentes disputas em um ocasional segundo turno são importantes, mas os estudos são realizados de maneira equivocada. Segundo ele, não faz sentido colocar entre candidatos com baixíssimas chances disputando com os primeiros colocados das pesquisas. "(Mas) Não se pode proibir que haja a especulação por parte dos institutos. Bem ou mal isso acaba influenciando o voto dos eleitores", declara.

Luana Barros