PT e voto feminino são foco do debate do SBT
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PT e voto feminino são foco do debate do SBT

2018-09-27 01:30:00

Os dois candidatos à frente das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), são também os mais rejeitados. Na busca pelos eleitores que não querem nenhum dos dois, os demais adversários tentaram se mostrar como alternativa durante o debate SBT/UOL/Folha de S. Paulo ontem à noite. Os presidenciáveis também aproveitaram a chance para direcionar o discurso às mulheres. São elas que têm protagonizado embate contra o líder nas intenções de voto, Bolsonaro.

 

Marina Silva (Rede) enquadrou Fernando Haddad (PT) ao ressaltar que foi o "PT quem pôs o (Michel) Temer lá (na vice-presidência)". O petista rebateu e disse que o presidente traiu Dilma e que "você (Marina) participou do movimento". Haddad evitou polêmicas e destacou os programas dos governos petistas nas políticas sociais, trabalhistas e educacionais.

 

Questionado sobre o papel que o PT teria em seu eventual governo, Ciro Gomes (PDT) disse que se for eleito "prefere governar" sem o partido. Haddad disse que Ciro "a poucos meses atrás me convidava a ser vice". "Ele chamava esta chapa de dream team", disse. O petista disse que não vai "demonizar ninguém". Ao fim do debate, em coletiva, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que o pedetista deve mudar de ideia sobre governar sem o PT.

 

Geraldo Alckmin (PSDB) e Álvaro Dias (Podemos) reforçaram discurso antipetista. Enquanto o tucano disse lutar para "evitar que o PT volte ao poder", o senador paranaense disse que o "Brasil tem de evitar o retorno desta organização criminosa".

 

Marina evitou responder se vai apoiar PT ou Bolsonaro em eventual segundo turno e clamou pelos votos das mulheres. A candidata da Rede tem conversado com o eleitorado feminino, mais da metade dos votantes, desde o início da campanha. Ao fim do debate, ela disse "não ter ódio" de ninguém e que estaria ao lado dos que não foram pegos pela Lava Jato.

 

Guilherme Boulos (Psol), Cabo Daciolo (Patriota) e Dias aproveitaram o discurso pelo direito das mulheres. "As mulheres vão estar no nosso governo: 50% homens, 50% mulheres, com o mesmo salário. Mulher, no nosso governo, vai ser muito bem valorizada, sim", disse Daciolo.

 

O nome de Bolsonaro foi evitado na maior parte do debate, mas as críticas ao candidato do PSL vieram nas considerações finais. "O Brasil não aguenta mais essa polarização. Esse enfrentamento de um votar contra o outro causa esse resultado que estamos vendo hoje", disse Ciro. Ele condenou ainda o voto do eleitor antipetista em Bolsonaro e em Haddad para os que opõem o militar reformado. Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a eventual eleição de Bolsonaro vai levar o País "à violência". "A gente não pode errar, porque o PT é responsável por tudo isso aí", pontuou.

 

Isabel Filgueiras

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