Comigo não tem mais papo furado, diz Ciro
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Comigo não tem mais papo furado, diz Ciro

2018-09-19 01:30:00

 

O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), criticou o aceno do adversário e ex-aliado Fernando Haddad ao campo da centro-direita e o apoio que o PT tem recebido de políticos do MDB, como Eunício  Oliveira e Renan Calheiros. Em encontro com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ele voltou a prometer “bater o recorde de Lula” na abertura de novas vagas em universidades públicas e apoiar a pesquisa.

 

Apesar de ter lembrado ser um aliado fiel por 16 anos, Ciro não poupou críticas ao PT, sobretudo contra o governo Dilma Rousseff. Ele evitou ataques pessoais contra Haddad e se concentrou em problemas administrativos e do discurso petista. O pedetista tem se apresentado como uma solução anti-PT no campo da centro -esquerda e que tem planos bem diferentes do partido de Lula para o País.

 

“Ajudei o Lula do primeiro ao último dia. O Ceará deu dois terços dos votos contra o impeachment. Só nós. Por isso eu rompi com Renan Calheiros, que é meu velho amigo, e o Haddad está com ele. Rompi com Eunício (Oliveira) e o Haddad está com ele. Rompi com Renan  Calheiros, e Haddad tá com ele.  Diria aqui outro palavrão. E ele que é o progressista e eu agora estou sendo empurrado pra direita. Para mim, chega. Nunca  mais. Comigo não tem mais esse papo furado”, condenou.

 

Ciro disse ainda que o voto útil era “um insulto à preferência popular” e que ele seria o melhor candidato para acabar com a polarização do PT e “do fenômeno protofascista”.

 

Já o candidato do PT, Fernando Haddad, afirmou ontem que, se eleito, não concederá indulto a Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato. “Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro do Judiciário”, disse, em entrevista à Rádio  CBN e ao portal G1. Pressionado, Haddad, pela primeira vez, negou: “Não. Não ao indulto”.

 

A afirmação foi uma jogada ensaiada com Lula que também ontem, disse por meio do deputado Wadih Damous (PT-RJ) que quer “ver reconhecida sua inocência e não quer saber de indulto”. A possibilidade de um perdão ao ex-presidente foi usada nos últimos dois dias como munição de adversários
 que querem explorar o antipetismo contra Haddad.

AE

 

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