Estratégia confusa, se o objetivo é unir
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Estratégia confusa, se o objetivo é unir

2018-08-06 01:30:00

Sinceramente, está difícil compreender a linha estratégica do PT em relação à campanha nacional. A parte que diz respeito à situação do Lula, que teve candidatura à presidência da República homologada no último sábado, apesar de preso em Curitiba, torna-se explicável, apesar de esquisita, diante do fato dele liderar as pesquisas sobre intenção de votos. Vale a luta, portanto, apesar das parcas chances de a candidatura prevalecer.

 

É quanto à política de alianças que tenho dificuldade de compreender os passos do partido. A ideia de levar o PSB à neutralidade, por exemplo, parece meio confusa, apesar da tese que se professa que seria uma ação petista, orientada pelo Lula, objetivando garantir unidade entre as forças de esquerda. Como falar em tal possibilidade quando o interesse de um outra candidatura alinhada no mesmo campo, a de Ciro Gomes, do PDT, é diretamente afetado? Claro que a situação cria uma divergência próxima do insanável junto a um aliado potencial, de reencontro quase certo mais adiante, caso um dos dois vá à próxima etapa, sem um resultado objetivo que compense. Considerando, afinal, que se conseguiu do PSB apenas o compromisso de não apoiar ninguém, não foi uma adesão à campanha petista, evidenciando-se a intenção clara de apenas prejudicar Ciro.

 

A ousadia é a marca da campanha do PT em 2018, mas, confesso, alguns dos passos somente poderão ser entendidos caso, à frente, apresentem os resultados esperados pelos responsáveis pela articulação. Lula e as poucas pessoas com as quis tem trocado ideias desde a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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