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PT faz investida e sugere vaga na chapa para Manuela

2018-07-20 01:30:00


Sob ameaça de ficar isolado na disputa presidencial, o PT acenou com a possibilidade de ter Manuela d’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência, como vice. A hipótese foi discutida ontem, em reunião entre as presidentes do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, em São Paulo. Gleisi excluiu o PR da lista de prioridades e disse ainda que conversa com o PSB.

 

“Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na vice. Obviamente, isso não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões que o PT tem internamente e com outros partidos”, disse Gleisi. “Estamos conversando com o PSB e tínhamos também conversa com o PR. Não terminaram as tratativas, mas nossas prioridades são o PSB e o PCdoB”, afirmou.

 

A presidente do PCdoB, que por seu lado mantém negociações com o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, também demonstrou interesse na possibilidade de Manuela ser vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. “Isso é algo que a gente escuta e vê com bons olhos. Mas, enquanto essas coisas não se derem, mantemos a candidatura de Manuela. Nada foi definitivo”, disse Luciana.

 

Petistas saíram animados da reunião. Os partidos avançaram em entendimentos nos estados e na estratégia para a disputa na Câmara.
Para dirigentes petistas, a decisão sobre a vaga de vice deve ser discutida na reunião da executiva nacional, marcada para hoje, mas o mais provável é que o assunto seja definido em uma reunião extraordinária na semana que vem, depois de esgotadas as tratativas com o PSB.

 

Existem três hipóteses no PT atualmente sobre a vaga de vice. A principal é que o posto seja entregue a um aliado. Outra possibilidade é que a vaga fique com o ex-prefeito Fernando Haddad ou com o ex-ministro Jaques Wagner, possíveis substitutos de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, na disputa ao Planalto, caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa. Uma terceira opção é indicar um nome que não seja visto como um “plano B” a Lula, como o ex-ministro Celso Amorim ou a própria Gleisi.

Agência Estado

 

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