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Líderes do PT e Pros no Ceará veem articulação nacional com tranquilidade

2018-07-25 01:30:00
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Mesmo desaprovando uma possível aliança do Pros com o PT para a disputa presidencial, o deputado estadual Capitão Wagner (Pros) afirmou ontem que o assunto tem sido trabalhado “com tranquilidade” com a direção nacional da sigla. Na avaliação do parlamentar, que preside o Pros no Ceará, a única aliança inconciliável seria com o PDT dos irmãos Ferreira Gomes.

 

“O nosso maior problema é mesmo com o PDT, que seria inconciliável. Para mim, as duas situações são desconfortáveis, mas com o PDT seria inadmissível”, declarou Wagner, que admite que as tratativas do Pros com o PT têm se intensificado.

 

“Estou tranquilo em relação a isso. Diariamente converso com a (Executiva) Nacional e todos estamos tranquilos”, disse. Wagner cita ainda estados como Piauí, Espírito Santo e Paraná, que também demonstraram desconforto em torno da formalização de aliança com os petistas.

 

Na contramão das insatisfações, as lideranças do Pros continuam as tratativas com o PT para afinar o apoio eleitoral em prol do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa era de que ontem lideranças dos dois partidos se encontrassem para mais uma conversa sobre a aliança, o que não ocorreu, conforme a assessoria de comunicação do Pros.

Conforme o líder da oposição na Câmara, José Guimarães (PT-CE), há uma reunião entre as duas siglas na próxima semana que definirá a aliança ou não. “A conversa avançou, mas não tem nada definido”, disse o parlamentar. Segundo ele, a iniciativa de conversar sobre a aliança partiu do Pros. “A executiva nacional do Pros procurou o PT, eles conversaram duas vezes e demostraram que querem apoiar o Lula em uma coligação formal”, afirmou.

 

A versão de Wagner diverge. Segundo ele, o PT procurou o partido assim como PSDB, DEM e PDT. O presidente estadual do Pros disse que mantém a tranquilidade caso a aliança se estabeleça, porque a executiva nacional do partido garantiu a independência no contexto local.

 

De acordo com Guimarães, a aliança não trará repercussões para o Estado por causa dessa independência. O petista diz que o assunto também tem sido trabalhado com tranquilidade dentro do PT Ceará. “Essa é uma questão nacional. A estratégia do PT Nacional está condicionada à estratégia de eleição do Lula”, defendeu.

 

O partido também discute aliança com pelo menos outros dois partidos. Na segunda-feira, 23, o vice-presidente nacional do PT, Márcio Macedo, conversou em Aracaju com a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, e fez novo apelo para uma composição.

 

Até quinta-feira, 26, os petistas querem realizar um novo encontro com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e insistir em uma aliança com a legenda, que considera apoiar o presidenciável do PDT, Ciro Gomes.

Com agências

 

Rômulo Costa

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