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Manoela admite abrir mão de pré-candidatura ao Planalto

2018-06-05 01:30:00


A deputada estadual Manuela d’Ávila (PCdoB) admitiu ontem abrir mão de sua pré-candidatura à Presidência da República. Pela primeira vez, um dos presidenciáveis do campo político da esquerda fez uma declaração explícita a favor de uma união dos partidos já no primeiro turno da eleição presidencial.

 

“Nós já fizemos o gesto. Se eu não for candidata, os outros três se entendem para nós estarmos unidos? A unidade da esquerda representa isto: nós estaremos todos unidos em uma única candidatura? Os outros três têm essa disposição? Eu não sou óbice”, disse a deputada gaúcha, referindo-se às pré-candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (Psol).

 

O objetivo, segundo fontes do PCdoB, é “chamar o PT à razão” de que o ex-presidente Lula, condenado e preso na Operação Lava Jato, terá a candidatura barrada pela Lei Ficha Limpa e dificilmente deixará a prisão até a eleição. Lula foi sentenciado em segunda instância a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 

Também ontem a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann (PR), negou que pretende ser candidata à Presidência da República como alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato.

 

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir o foro privilegiado nos casos de deputados e senadores teria levado a presidente do partido a entrar na lista de cotados a presidenciáveis caso Lula seja impedido pela Justiça Eleitoral.

 

“Aviso reto: não sou candidata a presidente, a vice ou pretendente a ser. O PT tem candidato! É Lula!!! Aceitem, dói menos”, escreveu Gleisi em sua conta no Twitter.

 

A petista classificou a especulação sobre uma alternativa a Lula como um “imbróglio” e uma tentativa da mídia de “semear intrigas” no partido.

Com Agência Estado

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