Bolsonaro compara execuções na ditadura a 'tapa no bumbum'
O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro, comparou as execuções de presos políticos durante a ditadura militar a uma espécie de punição usada por pais contra seus filhos. “Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece.” A comparação é feita após a divulgação de um memorando da Agência Central de Inteligência (CIA) sobre a política de “execuções sumárias” de opositores de regime militar.
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Ontem, em entrevista à Rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, Bolsonaro desmereceu o documento e defendeu a atuação dos militares. “Voltaram à carga. Um capitão tá pra chegar lá. É o momento”, disse, referindo-se à possibilidade de ser eleito presidente.
Ele pôs em dúvida a capacidade de entendimento do autor do memorando e tentou justificar as mortes no período. “Esse pessoal que disse que matamos naquele momento, que desapareceu, caso estivesse vivo por um motivo qualquer, estaria preso acompanhando o Lula lá em Curitiba. Essas pessoas não têm qualquer amor à democracia e à liberdade. Eles querem o poder absoluto”.
A resposta dos militares à divulgação do documento da CIA veio por meio do presidente do Clube Militar, Gilberto Pimentel. Ao comentar o material, o general classificou a publicação como “inteiramente fantasiosa”.
Agência Estado