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Alckmin diz ter diferenças 'conceituais' com Ciro, mas evita criticar pedetista

2018-05-24 01:30:00
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O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, evitou, ontem, fazer críticas ao ex-governador do Ceará Ciro Gomes, pré-candidato ao Planalto pelo PDT. Segundo o tucano, há diferenças “conceituais” entre ele e o pedetista. “Tenho discordância conceitual com o Ciro, mas acho que ele tem espírito público. Ele não é corporativista”, afirmou.

 

Durante a sabatina realizada pela Folha de S. Paulo, Uol e SBT ontem, Alckmin chegou a enfatizar que Ciro foi “um bom prefeito” de Fortaleza pelo PSDB, foi governador do Ceará pelo PSDB e foi ministro também pelo PSDB. Alckmin destacou, no entanto, que o presidenciável do PDT tem uma visão de “reestatizar” o País. “Eu quero reduzir o papel do Estado e privatizar”, comentou.

Com dificuldades para crescer nas pesquisas eleitorais, Alckmin procurou se diferenciar do que considera pré-candidaturas “do extremo” e igualou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) ao PT. “O que anda para trás é caranguejo. O Brasil não vai regredir, o sofrimento foi muito grande com esse período populista”, disse Alckmin, ao ser questionado sobre Bolsonaro. “O Bolsonaro e o PT é a mesma coisa, é corporativismo puro”, atacou.

Idealizador de um manifesto para unir o chamado “centro democrático e reformista”, Alckmin pregou a união de partidos de centro em turno de uma candidatura única à Presidência, mas reconheceu que o campo não terá apenas um candidato no primeiro turno. Ele revelou que PSDB e PPS, além de parlamentares do PSD, PTB e PV, já assinaram o documento.

 

O tucano repetiu que só deve crescer nas pesquisas quando a campanha começar no rádio e na TV. “O que nós vamos fazer é suar a camisa para chegar no segundo turno”, afirmou, acrescentando que, atualmente, o PSDB está caminhando para uma aliança com cinco partidos.

 

Na avaliação dele, as pesquisas, no momento, apenas “olham para trás” e os candidatos “fora dos extremos” devem crescer no período oficial da campanha.

 

Geraldo Alckmin classificou ainda como “fake news” a especulação sobre a possibilidade do ex-prefeito de São Paulo João Doria substituí-lo como candidato do PSDB à Presidência da República. “Fake news. Não existe isso, o João Doria é candidato ao Governo de São Paulo. É impressionante a criatividade”, disse Alckmin, apontando a especulação como “criatividade” em busca de uma novidade.

 

Durante a sabatina, Alckmin voltou a defender as reformas da Previdência, trabalhista, tributária e de redução do Estado.

Com Agência Estado

 

AZEREDO

Sobre a ordem de prisão contra o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), Alckmin, que preside o partido, buscou diferenciar a sigla do PT: "Não vamos acampar na porta de penitenciária", afirmou.

 

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