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Lula deixa PT à vontade para escolher outro candidato

2018-04-24 01:30:00
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, escreveu uma carta ao PT na qual afirma que o partido pode ficar à vontade para tomar “qualquer decisão” sobre a eleição deste ano.

 

No texto enviado à presidente nacional da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), Lula também afirmou que quer a sua liberdade e que ficou feliz com o resultado da última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, na qual aparece com até 31% das intenções de voto em um dos três cenários em que seu nome foi testado.

 [SAIBAMAIS]

A mensagem foi lida ontem por Gleisi no Diretório Nacional da legenda, que foi transferido para Curitiba após o encarceramento do ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal - Lula está preso desde o dia 7.

“(Queria que vocês) ficassem totalmente à vontade para tomar qualquer decisão. O ano de 2018 é muito importante para o PT, para a esquerda, para a democracia e, para mim, eu quero a minha liberdade”, leu a senadora e presidente da sigla.

No mesmo diretório, no entanto, a resolução aprovada pelo PT formalizou a candidatura de Lula à Presidência e decidiu dar início à pré-campanha eleitoral mesmo com o petista preso. Entre as providências aprovadas pela cúpula do partido estão: “Convocar para 28 de julho o Encontro Nacional do PT que indicará formalmente Lula candidato a presidente; registrar a candidatura na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme determina a legislação; apresentar ao País, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Lula”.

 

Na carta endereçada a Gleisi, Lula escreveu que existem insinuações de que, se ele não for candidato à Presidência e ficar “longe dos holofotes”, seria mais fácil assegurar uma decisão favorável a ele no Supremo Tribunal Federal (STF). “Querida Gleisi, a Suprema Corte não tem que me absolver porque sou candidato, porque vou ficar bonzinho, ela tem que votar porque sou inocente e também para recuperar o papel constitucional que é ser garantia do comportamento da constituição”, seguiu Lula.

 

O petista, porém, terminou o texto lembrando seu desempenho na última pesquisa de intenção de voto - realizada após sua prisão. “Fiquei feliz com a pesquisa (Datafolha) e preciso discutir com os nossos para ver como fortalecer a ideia da prova. Vou conversar com advogados para falarem com você. A luta continua. Até a vitória final. Beijos do seu amigo e companheiro Lula”, despediu-se o petista no texto enviado a Gleisi.

 

A carta não foi divulgada na íntegra, porém um vídeo com parte da leitura do documento foi divulgado na página do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) no Facebook. Os petistas querem deflagrar a pré-campanha de Lula com ações de comunicação nas ruas, nas redes sociais e na imprensa.

 

 

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