Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes disse na tarde de ontem que a condenação do ex-presidente Lula (PT) pode ser considerada injusta, mas não cabe classificá-lo como preso político. O ex-ministro participou ontem de debate com outros pré-candidatos em Porto Alegre.

 

Ciro voltou a defender que os partidos políticos de esquerda tenham um liderança forte na disputa presidencial e criticou a condenação do ex-presidente. Para ele, a sociedade ficou “desconfiada” de que a lei só é dura com o PT e com Lula. “Parece que a lei severa só vale para um lado no Brasil”, argumentou.

 

Ainda ontem, o presidente do PDT, Carlos Lupi, declarou que deve visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, junto com Ciro Gomes. Lupi negou que o encontro seja para articular possíveis alianças e, sim, para prestar solidariedade ao ex-presidente. “Compete agora a nós termos solidariedade ao ser humano, que no meu modo de ver, está sendo injustiçado e sendo condenado por algo que não tinha prova cabal nenhuma”, declarou.

 

Lupi, que estava no Pará e não compareceu ao ato político em São Bernardo do Campo, reclamou que os pedetistas não podem ser criticados por não participar do evento. “Eles esquecem toda a solidariedade que prestamos”.

 

Durante o evento na capital gaúcha, Ciro considerou que ainda não é tempo para fazer conjecturas sobre a disputa eleitoral. Ele pregou “serenidade” e disse que não se pode tomar decisões de “cabeça quente” neste momento. “Não é trivial o que está acontecendo (com o PT)”, justificou.

Com agências