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Como estratégia, PT deve ampliar pressão sobre o STF

2018-04-09 01:30:00
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Os aparatos político e jurídico do PT mantiveram, ontem, a postura de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para mudar o entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância. O caso, que deve ser votado na semana, pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato.
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A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou esperar que o STF “cumpra o seu papel” e a ministra Rosa Weber mantenha a palavra de mudar seu voto em um eventual julgamento sobre o tema. “Temos expectativa para que na quarta-feira a ministra Rosa Weber cumpra com aquilo que falou no último julgamento,” disse Gleisi.
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Na sessão que rejeitou o habeas corpus de Lula, quarta-feira passada, Rosa votou contra o recurso da defesa do petista. Ela disse que votava pela jurisprudência da Corte, de permitir prisão após condenação em segunda instância, contrariando sua convicção pessoal, uma vez que o que estava sendo decidido era o habeas corpus de Lula e não questão de repercussão geral sobre o tema.
 

Relator das duas ações que contestam a prisão após condenação em segundo grau no STF, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que é um “dever” levar ao plenário na próxima quarta-feira o pedido de liminar do autor de uma das ações (PEN/Patriota). Se deferido, pode beneficiar diversos réus que estão cumprindo pena nessa condição, incluindo o ex-presidente Lula. A defesa de Lula conta com essa nova análise sobre o tema para retirar o petista da cadeia.

Após visitar o ex-presidente, ontem, o advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que acredita em uma reversão da prisão no STF. “Nós vamos reverter essa decisão porque nem a condenação nem a prisão para cumprimento antecipado da pena são compatíveis com a lei”, disse.
 

Em seu primeiro dia na cadeia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conheceu um dos principais desafios aos presos de outros estados apanhados pela Lava Jato: a inconstância do clima, que amanhece frio, esquenta muito à tarde e gela à noite. O preso recebeu cedo o mesmo pão com manteiga e café preto servido aos outros detidos que estão na carceragem da Polícia Federal.   Sozinho em suas acomodações de 15 m² com banheiro privativo no 4.º andar do prédio, Lula pôde acompanhara pela TV a vitória de seu Corinthians sobre o Palmeiras.
 

Lá fora, antipetistas e apoiadores de Lula se manifestavam - e brigavam. A noite anterior havia sido marcada pela conflito entre manifestantes, pela fumaça de fogos e bombas após a chegada do petista. Lula desceu do heliponto em cima da sede da PF e foi conduzido pelos agentes à sua cela, preparada à pedido da Operação lava Jato para o início do cumprimento de sua pena de 12 anos e 1 mês de prisão no caso do triplex do Guarujá (SP). 

 

Teve então o primeiro contato com seus advogados: Cristiano Zanin Martins e o amigo a ex-deputado do PT Sigmaringa Seixas. (das agências)

 

Atos pró-Lula no Exterior
A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desencadeou atos no exterior, ontem, em Paris, Barcelona e México. 


Hoje, outra manifestação a favor de Lula deve ocorrer em Lisboa. 

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