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Temer participa de posse do presidente do Chile e evita falar sobre reeleição

2018-03-12 01:30:00
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O presidente Michel Temer esteve presente no Congresso Nacional em Valparaíso, no Chile, ontem para participar da cerimônia de posse do presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, que assume o cargo pela segunda vez. O presidente brasileiro chegou com atraso ao local e entrou depois do presidente chileno.
[SAIBAMAIS]

Em entrevista ao jornal chileno La Tercera, Michel Temer evitou mais uma vez responder se vai ou não disputar a eleição para presidente da República neste ano. Em vez disso, afirmou que é “candidato a entregar um país melhor a meu sucessor”. Disse também que “já foram esclarecidas as especulações” em torno da alegação de que a intervenção federal no Rio de Janeiro foi lançada com objetivos políticos. A entrevista foi publicada no sábado, 10. Ele retornou a Brasília no fim da tarde de ontem.
 

Para Temer, as eleições deste ano vão mostrar que os brasileiros aprenderam com a crise e, por isso, vão evitar candidatos que apresentem programas populistas. “O que está em jogo é a qualidade do futuro imediato dos brasileiros. Se o Brasil vai continuar no caminho da recuperação econômica, da responsabilidade fiscal e social ou voltará ao tempo das medidas populistas erradas que nos levaram a uma recessão brutal, que superamos com sacrifício e esforço. Penso que a crise fez com que os brasileiros amadurecessem e não vamos querer voltar atrás.”, disse ao periódico.
 

O presidente também criticou aqueles que são contra a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro. “Estão cometendo o erro de politizar e ideologizar o risco de vida sofrido pela população do Rio, especialmente os mais pobres, que vivem em áreas afetadas, sob o controle de traficantes e milícias”, disse. “Estão tentando confundir a intervenção civil na segurança com o militarismo e o autoritarismo, atraindo também as tristes lembranças do passado. É uma comparação inoportuna”, acrescentou.

Temer também comentou a situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu que todos possam ser candidatos. “Eu gostaria que todos pudessem exercer o direito político de ser julgado nas urnas pelo povo. No entanto, temos leis e às vezes isso impõe restrições e gera controvérsias”.

O presidente também usou uma declaração de Lula para responder sobre as denúncias enviadas ao Congresso pela Procuradoria-Geral da República. “Hoje, sabemos que a falsa ‘evidência’ foi produzida contra a Constituição, com a participação ilegal de promotores, que estão atualmente sob investigação. Mesmo o ex-presidente Lula recentemente reconheceu que houve uma tentativa de golpe orquestrada contra mim, que tivemos a coragem de enfrentar e vencer”, disse. 

 

(Das agências) 

 

MINISTRO NA COMITIVA


Temer chegou acompanhado do ministro das Relações Exteriores,
Aloysio Nunes. A primeira-dama Marcela Temer não esteve presente. 

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