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Oposição continua sem candidato para sucessão estadual

2018-01-27 01:30:00
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Os líderes da oposição saíram de mais uma reunião no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB), na noite de ontem, sem um nome para disputar o cargo de governador do Estado nas próximas eleições. A ideia é que a escolha só seja concluída no fim de fevereiro.

 

Com a indicação e posterior recusa do deputado estadual Capitão Wagner (ainda no PR, mas de mudança para o Pros) para disputar o cargo este ano, o nome de Tasso volta a ser citado pelas lideranças como uma possibilidade, ainda que haja resistência. Também é ventilada a possibilidade de um nome novo, de fora do meio político.

“Acho que só de fevereiro para março a gente vai ter uma definição. Estamos discutindo com outros partidos também, não só com esses aqui presentes”, disse ao O POVO o presidente estadual do PSDB, Francini Guedes. Entre as possibilidades de nomes, ele cita Roberto Pessoa (PR), o próprio Tasso e o empresário Geraldo Luciano, que vem sendo cogitado pela oposição desde o ano passado.

Roberto Pessoa, citando a responsabilidade de escolher um nome “diante do descrédito da população na classe política”, assegura que foram lembrados “nomes novos”. “Foi como uma lembrança para que o eleitorado tenha oportunidade de escolher pessoas novas, que tenham passado e presente, mas que não tenham participação mais ativa na vida pública”, disse.

 

Citado pelos participantes, o empresário Geraldo Luciano negou que exista “conversa recente” sobre uma possível candidatura sua. “Qualquer cearense gostaria de ser governador do Ceará. Mas, neste momento, não existe nenhuma conversa nesse sentido comigo”, esquivou-se.

 

O deputado federal Raimundo Matos (PSDB) citou que indefinições dos rumos tucanos nacionalmente têm repercussão local. É preciso pensar estratégia de formar palanque local que sustente a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência.

 

“A nível nacional, o nome do senador Tasso é lembrado até para ser vice, para fortalecer o Nordeste”, disse. Segundo Matos, a candidatura de Tasso Ao Governo do Ceará também auxiliaria nos anseios nacionais do PSDB, pois poderia fortalecer o palanque de Alckmin no Estado. “Mas ele (Tasso) se mantém reticente”, informou.

 

O grupo planeja organizar no começo de março um encontro regional dos partidos de oposição em Barbalha. Segundo Pessoa, o motivo seria “informar aos amigos” que a oposição terá “nome competitivo para a disputa majoritária estadual deste ano”.


CEARÁ

 

INDEFINIÇÕES NA OPOSIÇÃO

> O encontro reuniu representantes dos quatro partidos de oposição no Estado.

> Sob comando deTasso Jereissati, também participaram do encontro os deputados estaduais Capitão Wagner (ainda no PR, mas de mudança para o Pros) e Carlos Matos (PSDB), e o federal Genecias Noronha (SD). Domingos Filho também participou.

> Na reunião anterior do grupo, Wagner foi indicado por Tasso como candidato da oposição. O senador, no entanto, vetou que o palanque fosse dividido com Bolsonaro. Wagner declinou da proposta e é pré-candidato a deputado federal.

SEM NOMES

 

A oposição amarga dificuldades para conseguir nome competitivo para disputa ao Governo do Estado.

Com o afastamento de Eunício Oliveira (MDB), a negativa de Tasso Jereissati e as pretensões a deputado federal de Capitão Wagner, “nomes novos” são buscados pelo grupo.

Rômulo Costa

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