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Planalto tenta convencer partidos a fecharem questão sobre reforma

2017-12-11 01:30:00
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Em semana decisiva para a reforma da previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) acredita que os partidos PP, PSB e PRB fechem questão favorável à votação prevista para essa semana. “Falei com presidente do PP, PSB e PRB e todos estão entusiasmados com eventual fechamento de questão”, disse o peemedebista.

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Temer afirmou supor que “seja possível” aprovar a mudança nas regras para aposentadoria, mas ressaltou que, se a proposta não passar, o assunto “não vai parar” de ser discutido. “Vi uma placa dizendo ‘Temer quer que você trabalhe até morrer’”, disse. “Isso é mentiroso”.

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O método que obriga parlamentares a votar a favor da matéria é a única saída encarada pelo Planalto para aprovar uma matéria polêmica a menos de um ano da eleição.

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A fala do presidente é destoante de deputados integrantes dos partidos da própria base aliada que são céticos em relação à aprovação da pauta. A resistência pode ameaçar a entrada da Proposta de Emenda à Constituição na agenda da Câmara dos Deputados.


Com discurso a favor das reformas, o PSDB é uma das legendas que mais estão dando trabalho ao governo para a contagem dos votos. A maior resistência está na ala jovem da legenda, ligada ao senador Tasso Jereissati, que serão foco de pressão nos próximos dias.


O senador exerce influência sobre aproximadamente 20 deputados, que têm em comum um pensamento: o de que seria mais fácil aprovar uma reforma conduzida por um governo com credibilidade e não o do presidente Michel Temer.


Nem o retorno do ex-ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), às fileiras da Casa é avaliado como um reforço no convencimento do grupo, uma vez que o deputado baiano se distanciou da bancada no período em que esteve no Palácio do Planalto.


As declarações dos tucanos ainda são vistas com ressalvas entre os aliados do governo, que têm dúvidas do poder de influência da cúpula da sigla sobre os deputados. “O discurso (pró-reforma) é um reforço bem-vindo. A grande expectativa é se o discurso não vai destoar da prática”, cobrou o líder do DEM, Efraim Filho (PB).


Bancada do Ceará


Mesmo integrando o partido da base do governo, o deputado Cabo Sabino (PR), que já adiantou voto contra a matéria, não crê que a PEC entre na pauta. “Estou torcendo pra que ele (governo) paute para perder a votação e enterrar de vez a matéria”, declarou.


Já a deputada Luizianne Lins (PT) disse que, apesar dos recuos governistas, Temer não tem votos para pautar e aprovar a reforma. “Se já tivesse maioria, tinha sido votado”, afirmou. A parlamentar relembrou outras matérias pautadas pelo legislativo envolvendo aposentados que não reelegeram deputados. 

 

(com agências de notícias)


Saiba mais


Entre deputados do Ceará, devem votar contra a reforma:


Aníbal Gomes (PMDB)

André Figueiredo (PDT)

Ariosto Holanda (PDT)

Cabo Sabino (PR)

Chico Lopes (PCdoB)

Genecias Noronha (SD)

José Guimarães (PT)

José Airton (PT)

Leônidas Cristino (PDT)

Luizianne Lins (PT)

Odorico Monteiro (PSB)

Raimundo Matos (PSDB)

Vicente Arruda (PDT)

Vitor Valim (PMDB)

Devem votar a favor:

Danilo Forte (sem partido)

Ainda analisam

Adail Carneiro (PP)

Ronaldo Martins (PRB)

Vaidon Oliveira (Pros)

Não responderam

Gorete Pereira (PR)

Moses Rodrigues (PMDB)

Domingos Neto (PSD)

Macedo (PP)

 

Wagner Mendes

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