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Para Henrique Meirelles, Temer será bom cabo eleitoral

2017-12-22 01:30:00
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Cotado como possível candidato à Presidência em 2018, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), disse ontem que o presidente Michel Temer ainda não é, mas certamente será, um “bom cabo eleitoral” em 2018.


A declaração é um aceno ao Palácio do Planalto, que exige a defesa do legado do governo como condicionante para apoiar uma candidatura da base aliada.


“Acredito que sim (Temer é bom cabo eleitoral). Talvez não hoje, mas certamente em 2018. Com a recuperação da economia, os índices de aprovação do governo vão mudar muito”, disse durante coletiva de imprensa na sede do PSD, em Brasília. “Nos meus tuítes, já existe defesa explícita do governo Temer. É um governo do qual faço parte e que teve coragem de fazer todas as reformas.”


Meirelles busca o apoio de Temer e principalmente do PMDB, partido do presidente, para a sua campanha. Isso porque a legenda detém o maior tempo no horário gratuito de televisão, um ativo importante ao se considerar que não haverá doações empresariais. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também gostaria de ter o PMDB na campanha, mas o Palácio do Planalto não confia que o tucano fará a defesa de Temer.


Apesar de dizer que só vai decidir sobre sua eventual candidatura no fim de março, Meirelles intensificou suas atividades políticas.


O ministro convocou a imprensa ontem simplesmente para responder perguntas sobre a propaganda partidária da legenda, veiculada antes de ontem, cujo protagonista é ele mesmo.


No vídeo, o ministro diz que o País tem uma “enorme dívida social” e que é preciso “combater privilégios”. Meirelles cita ainda as “reformas fundamentais para o País crescer” e critica a gestão Dilma Rousseff.


Na entrevista coletiva de ontem, Meirelles fez questão de ressaltar que fala de eleição no horário de almoço. “Estou aproveitando o horário de almoço, fora do horário de trabalho, para falar (sobre o programa partidário). No momento, estou concentrado no meu trabalho como ministro da Fazenda”, disse.


Meirelles admitiu que levará em conta o tempo de TV no horário eleitoral gratuito, coligações e até desempenho nas pesquisas eleitorais, como fatores para anunciar sua decisão. “A posição nas pesquisas e tudo que for relevante será levado em conta. A decisão partidária também será levada em conta, mas estou pensando alto”, minimizou.


Em meio às discussões sobre uma eventual chapa única que represente o governo, o ministro da Fazenda também rejeitou ser vice-presidente. “Não considero essa possibilidade”, enfatizou. Meirelles se esquivou, porém, quando questionado sobre Temer não ter descartado ainda a possibilidade de se candidatar à reeleição. 

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