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Maia Júnior diz que fica no governo mesmo com Eunício

2017-12-09 01:30:00
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A aliança entre o governador Camilo Santana (PT) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), tem ocasionado crises na oposição, mas não deve afetar a permanência de Maia Júnior (PSDB) à frente da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag).


“Ficarei no Governo até o dia em que o governador, que é quem me convidou pessoalmente como profissional, entender que devo continuar”, disse na tarde de ontem, durante a inauguração do Observatório de Fortaleza, na Praça do Ferreira.


O secretário sustenta que a continuidade no cargo não depende de interferências partidárias. Embora evite falar sobre a união entre Camilo e Eunício, que tem causado insatisfações entre os tucanos, Maia Júnior admite diferenças. “Tenho minhas convicções, mas durante a minha estada no Governo não comento”, declarou.

[SAIBAMAIS]

Filiado ao PSDB, Maia Júnior foi convidado em janeiro deste ano para assumir cargo de secretário na gestão de Camilo Santana, a quem o partido faz oposição no Estado. Em outubro, após declarações de quadros do partido tucano sobre a possibilidade de o senador Tasso Jereissati (PSDB) disputar o Governo em 2018, o ex-governador Ciro Gomes disse que a candidatura seria vista como “traição”. Isso porque, segundo ele, o senador teria uma indicação no governo de Camilo, referindo-se a Maia Júnior.


O governador reagiu às declarações do chefe do grupo político ao qual pertence, dizendo que o secretário foi uma escolha pessoal.


Maia Júnior completou: “Meu trabalho é técnico e profissional. Não vai além disso, até porque eu deixei claro que não trataria de política no Governo e nem representaria ninguém politicamente”.


Aliança


Eunício Oliveira e Camilo Santana voltaram a se encontrar, desta vez durante almoço de fim de ano organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Sentaram na mesma mesa e conversaram ao lado do presidente da entidade, Beto Studart.


No evento, Eunício deu sinais de que não se importa com as críticas de Ciro Gomes (PDT) sobre a provável aliança com o governador.


Ciro disse nesta semana que não via, “a preço de hoje”, a possibilidade de acordo eleitoral entre eles e declarou ainda que o “povão não vai entender” a aliança porque “as diferenças são muito graves” entre Camilo e Eunício. Questionado pelo O POVO, o senador peemedebista foi direto: “Não falo sobre isso”.


Camilo também não comentou a declaração de Ciro, dizendo que as eleições serão tratadas em 2018. Acompanhado do governador no evento na Praça do Ferreira, o prefeito Roberto Cláudio (PDT), que integra o grupo político de Ciro, também evitou comentar as declarações. “Essa é uma questão do Governo”, disse. (colaborou Irna Cavalcante)

Rômulo Costa

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