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Especialistas apontam interferência do Judiciário no processo político

2017-12-13 01:30:00

A rapidez no julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula pode indicar interferência do Judiciário no processo político do País. A opinião é de juristas ouvidos pelo O POVO.


Para o professor de Direito Constitucional Vladmir Feijó, do Ibmec, a rapidez como o processo tramitou no TRF-4 traz mensagem de que o tribunal tem dado importância suficiente para o processo a ponto de fazê-lo passar na frente de outros casos.


“O próprio presidente do TRF-4 (Eduardo Thompson Flores Lenz) já havia dito que ele daria celeridade ao processo, possivelmente porque existe uma regra na lei da Ficha Limpa que impede a candidatura de indivíduos com condenação em segunda instância”, diz o professor.


Para Feijó, em caso de condenação, o ex-presidente Lula terá de recorrer ao STF para tentar concorrer às eleições em 2018. “Outras pessoas conseguiram, em instancias superiores, a candidatura mesmo em caso de condenação”, explica.


O professor de Direito Constitucional Alexandre Bahia também entende que a rapidez no andamento do processo pode indicar a influência do Judiciário nas eleições. “A única leitura que me parece possível é que está havendo por parte do TRF o uso do recurso para confirmar a sentença contra o réu”, afirma. (Rômulo Costa) 

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