Professores e Prefeitura ainda sem acordo em Maracanaú
Há um mês de greve, os professores de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, continuam sem negociações com a Prefeitura. Desde o dia 27 de outubro, eles tiveram o vale-transporte reduzidos de R$16 para R$10 por dia. A presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira, diz interpretar a redução como “ação punitiva à greve”. Os professores também não receberam o salário do mês de outubro.
A categoria reivindica a implementação do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). De acordo com Vilani, o prefeito Firmo Camurça (PR) havia prometido que o Plano entraria em vigor em janeiro de 2017, “o que não aconteceu”. O prefeito alega não poder cumprir o acordo por “queda na receita”.
Desde a última segunda-feira, 30, os professores ocupam a Câmara Municipal “para tentar sensibilizar os vereadores a mediar o conflito.” Segundo Vilani, a ocupação recebeu apenas a visita de dois vereadores da oposição: Tales do Zoeira (PHS) e Júlio César (PEN).
O Ministério Público do Estado marcou uma audiência na próxima quarta-feira para tratar da greve com os professores e representantes da Prefeitura. “A gente vai continuar ocupando a Câmara até que se abram as negociações, apostando na audiência”, diz Vilani.
A Prefeitura entrou na Justiça com um pedido de liminar pela ilegalidade da greve, com multa de R$10 mil por dia sem trabalho. Vilani diz que a categoria vai recorrer da decisão.
Até o fechamento desta edição, nem o prefeito Firmo Camurça, nem a assessoria da prefeitura atenderam às ligações.
Luan Carvalho
Adriano Nogueira