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Perillo tenta acordo com Tasso para presidência do PSDB

2017-11-07 01:30:00
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O senador Tasso Jereissati e o governador de Goiás, Marconi Perillo, vão se reunir hoje em Brasília para buscar um acordo sobre a disputa pela presidência nacional do PSDB. No começo do mês, Perillo já havia oficializado a candidatura para liderar o partido tucano, em contraponto a Tasso.


A expectativa é de que o senador cearense, que é presidente interino da sigla, anuncie a candidatura ainda esta semana. Lideranças do PSDB tanto na Câmara como no Senado devem participar da reunião de hoje. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que chegou a ser cogitado como uma alternativa à disputa entre Tasso e Perillo, também deverá participar do encontro.

[SAIBAMAIS]

Ontem, ele sugeriu que o comando do partido seja divido pelos dois tucanos. “Não tenho nenhuma pretensão de presidir o partido. Todo o esforço é para unir o PSDB. Por que os dois não participam da direção partidária?”, afirmou, após cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.


O deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), que irá participar da reunião, defende que um acordo entre as duas lideranças poderia evitar o aprofundamento do racha que o partido vivencia. “Esse acordo é possível por causa das duas pessoas envolvidas. Se fôssemos depender da turma de Minas (Gerais), talvez, não fosse possível”, disse.

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Desembarque

Assumindo tom conciliatório, o parlamentar argumenta que tanto Tasso quanto Perillo têm possibilidade de unificar o partido. A única diferença, segundo ele, é que o cearense defende o desembarque imediato do governo de Michel Temer (PMDB), enquanto Perillo alega que a saída tem de ser no ano que vem.

 

“É uma obrigatoriedade esse desembarque. A turma do Jaburu é a mesma do Aécio (Neves) e eles se enfraqueceram muito no partido”, considera.


Mineiro, o deputado federal Caio Narcio (PSDB) classifica como “agressiva” a forma como Jereissati cobra a saída dos tucanos do governo. “É um caminho natural e que vai chegar, mas isso tem que ser feito a partir do diálogo. Não tem como impor isso”, critica.


Mesmo reconhecendo a capacidade política de Tasso dentro do partido, o parlamentar mineiro sugere que a manutenção do senador no comando da sigla pode agravar o racha entre os tucanos. “O que a gente queria era ter um presidente que consiga assimilar as divergências e nos encontrar um caminho”, disse.

 

Rômulo Costa

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