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Eunício: PMDB na oposição não depende da candidatura de Tasso

2017-11-11 01:30:00
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O presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, afirmou ontem que a permanência do PMDB na oposição no Estado não depende da candidatura de Tasso Jereissati ao Palácio da Abolição. “Isso não é condicionante”, disse o senador ao O POVO, após almoço com representantes de lojistas cearenses.


Evitando falar sobre eleições, Eunício Oliveira ainda mantém tom de incerteza sobre para que lado os peemedebistas devem ficar em 2018 no Estado. Perguntado sobre se o partido já decidiu quem vai apoiar no pleito do ano que vem, o senador não é assertivo. “Nós estamos conversando”, disse.


Conversas entre ele e o governador Camilo Santana já levaram a oposição a entender os encontros como aproximação política, ampliando as dúvidas sobre em qual palanque Eunício estará em 2018. Ambos, quando questionados sobre os encontros, justificam dizendo que se tratam de discussões “institucionais”.

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O argumento, contudo, não convence a oposição, que passou a cogitar Tasso Jereissati como candidato da oposição ao Governo.


As dúvidas se ampliaram ainda mais quando Eunício Oliveira se disse eleitor do ex-presidente Lula, caso o PMDB não lançasse candidatura própria para o Planalto. A declaração é rechaçada pelo PSDB Estadual.


Ontem, Eunício voltou a dizer que deverá apoiar Lula em 2018. “Já disse isso mais de uma vez. Se meu partido não tiver candidatura própria, se a minha coligação não me obrigar a votar em outro candidato que eu tenha concordado, eu sou eleitor do Lula”, afirmou.


A declaração põe em xeque a coligação do senador peemedebista com os demais partidos de oposição, uma vez que, ontem, o senador Tasso Jereissati afirmou que não apoiará “nenhum candidato que apoie Lula e o PT”.


Tasso destituído

Eunício Oliveira disse que conversou ontem com o senador Tasso Jereissati para se “solidarizar” pela destituição do cargo de presidente interino do PSDB. O presidente do Senado diz que a atitude foi movida por “sentimento de cearensidade” pelo senador tucano.

 

Tasso — que defende o desembarque do PSDB do governo de Michel Temer — sugeriu que Aécio Neves sofreu pressão do Palácio do Planalto para tomar a decisão. Eunício, que é apoiador de Temer, disse que não foi consultado sobre a mudança. “Não faço parte do PSDB. Não tive nenhuma participação nisso”, afirmou. “Já tenho problema demais no PMDB para discutir e não consigo, imagine discutir problema do PSDB. Não em cabe nessa discussão”, esquivou-se.

Rômulo Costa

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