PUBLICIDADE
VERSÃO IMPRESSA

Alckmin pede unidade no PSDB para mudar o Brasil

2017-11-20 01:30:00
NULL
NULL
[FOTO1]

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que não precisa ser presidente do partido, mas que a sigla deve alcançar a unidade para poder mudar o Brasil. Nas últimas semanas, a possibilidade de o governador assumir a presidência da sigla foi cogitada por tucanos importantes, como o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

[SAIBAMAIS]

Atualmente, disputam o comando do PSDB o senador Tasso Jereissati e o governador de Goiás Marconi Perillo. Tasso chegou neste domingo dos Estados Unidos e deverá traçar hoje sua estratégia de campanha. Perillo, por sua vez, já fechou apoios nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.


Em visita ao Recife, Alckmin falou como candidato ao Planalto em 2018. O paulista disse que gostaria de ter o apoio do PSB, partido que comanda Pernambuco há 11 anos, e afirmou, diante de lideranças tucanas locais, que o Nordeste estará no centro, no coração de seu projeto para o País.


Ciceroneado pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), que deixou o Ministério das Cidades no início deste mês, Alckmin se encontrou com a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, em busca de apoio para uma eventual aliança com o PSB. O atual governador pernambucano, Paulo Câmara, foi secretário de Eduardo Campos e eleito com o apoio de Renata e da família. A conversa com Renata Campos durou cerca de uma hora e serviu como uma aproximação com o PSB local, que é disputado também pelo PT.


Aos jornalistas, Alckmin disse se tratar apenas de uma visita cordial. Aliados do paulista, no entanto, veem a oportunidade de o encontro abrir uma rodada de negociações para as eleições de 2018. O vice-governador de São Paulo, Márcio França, também é filiado ao PSB.


“Claro que nós queremos ter uma aliança com o PSB. Mas isso não depende só de nós”, disse Alckmin. “Os partidos que não tiverem candidatos e quiserem compor uma aliança, discutir um bom projeto para o Brasil, são bem-vindos”.


Teste


Foi como um teste de popularidade a ida de Alckmin a Recife. Ciente de que precisa ampliar seu eleitorado no Nordeste para ter chance de vencer a disputa pelo Planalto em 2018, o governador de São Paulo está cada vez mais confiante de que será o escolhido do partido ao pleito. O tucano seguiu o roteiro de um dia de campanha, com direito a missa pela manhã, almoço em um mercado popular e visita a uma favela.


Ao fim da missa das 11 horas da Igreja Madre de Deus, no Recife antigo, foi aplaudido, tirou selfie com potenciais eleitores, ganhou uma pintura das mãos do frei Rinaldo (famoso entre os católicos da cidade) e, em seguida, o acompanhou em visita à Comunidade do Pilar. Lá, ouviu questionamentos da população sobre programas habitacionais, mas sem opinar ou apresentar qualquer proposta.

 

Agência Estado

Adriano Nogueira

TAGS