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PGR liga irmão de Geddel a dinheiro

2017-10-17 01:30:00

A Procuradoria-Geral da República apontou "indícios" de envolvimento do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA) "no recolhimento e na guarda" dos R$ 51 milhões em dinheiro encontrados em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador, no dia 5 de setembro.

A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou buscas em quatro endereços ligados a Lúcio e a seu secretário parlamentar, Job Ribeiro Brandão.


Entre os locais vasculhados por policiais federais ontem, estavam o gabinete do deputado na Câmara dos Deputados, em Brasília, e a residência do parlamentar, em Salvador, que fica no mesmo prédio de seu irmão Geddel Vieira Lima, preso desde setembro em Brasília. Foram apreendidos documentos e mídias. As buscas se estenderam à casa de Job Ribeiro porque os peritos criminais federais encontraram suas impressões digitais em parte do dinheiro apreendido.


A ação foi deflagrada no âmbito da Operação Tesouro Perdido, que inicialmente estava sob responsabilidade da 10ª Vara Criminal Federal em Brasília, mas foi deslocada para competência do Supremo por causa do suposto envolvimento do deputado, que possui foro privilegiado.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira alegou em sua decisão de encaminhar as investigações ao Supremo que "há sinais de provas que podem levar ao indiciamento" do deputado Lúcio Vieira Lima.


Segundo a PGR, "o envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no recolhimento e guarda do dinheiro".


"As medidas cautelares são um desdobramento das investigações que apuram a origem e a responsabilidade por R$ 51 milhões apreendidos, em Salvador, no dia cinco de setembro. Dos quatro endereços vistoriados pelos policiais federais, três são ligados a Lúcio Vieira e um, a seu secretário parlamentar, Job Ribeiro Brandão", informou a PGR.

 

Adriano Nogueira

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