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Bancada se divide e garante dez votos a favor de Michel Temer

2017-10-26 01:30:00
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A bancada de 22 deputados cearenses na Câmara se dividiu ontem na votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e dos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha.


Enquanto 11 votaram pela abertura das investigações por obstrução de justiça e organização criminosa no Supremo Tribunal Federal, dez optaram por rejeitar as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República.

[SAIBAMAIS]

Assim como na primeira denúncia por corrupção passiva, o deputado Adail Carneiro (PP) se ausentou da sessão. O parlamentar alega motivos de saúde pelo afastamento dos trabalhos.


Já o deputado federal Ronaldo Martins (PRB), que havia votado contra Temer na primeira denúncia, em agosto passado, desta vez votou favorável ao presidente.


“Michel Temer desonra o cargo de presidente, macula a história e desrespeita o povo brasileiro ao ser denunciado duas vezes por corrupção”, discursou o deputado Leônidas Cristino (PDT) ao votar favorável à acusação feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Apontando fragilidade da denúncia, Domingos Neto (PSD) manteve o posicionamento anterior e votou pela rejeição das acusações. “Defendo que, para tirar um presidente, tem que ter forte substância jurídica”, defendeu.


Luiziane Lins (PT) votou contra Temer “por fim a esse teatro de vampiros que o Brasil está vendo”. Votando “pela governabilidade do Brasil”, Danilo Forte (PSB) se posicionou, mais uma vez, pela rejeição às acusações da PGR contra o peemedebista.


Gorete Pereira (PR) votou a favor do governo justificando ser “recomendação do partido”. Vitor Valim (PMDB), mesmo contra a orientação da legenda, e pela segunda vez consecutiva, votou contra o presidente, que é do mesmo partido que integra. “Com a consciência tranquila, representando a população do meu Ceará, voto a favor da investigação”, disse o deputado.


Acusações

Em relação à votação anterior, realizada em agosto deste ano, o Ceará manteve a mesma quantidade de votos contrários ao governo. Os votos favoráveis, no entanto, cresceram em razão da posição do deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB), que se ausentou da sessão na primeira acusação.

 

A denúncia da PGR se baseou na delação premiada do empresário Joesley Batista, que acusa o presidente Temer de ser beneficiário de propina e de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.


O voto “sim” significou a aprovação do relatório que rejeitou a denúncia contra Temer. O “não” expressou posicionamento contrário ao relatório e a favor da continuidade das investigações.

Wagner Mendes

 

Adriano Nogueira

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