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Temer pede apoio e vê "delação induzida"

2017-09-23 01:30:00
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Depois de desistir de fazer um pronunciamento para rebater a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer gravou um vídeo ontem publicado em redes sociais, em que diz que há uma “marcha da insensatez” contra ele e que tem certeza de que conseguirá arquivar na Câmara a acusação por organização criminosa e obstrução da Justiça.


Sem citar nenhum nome, Temer critica ainda os executivos da JBS e diz que “há ainda muitos fatos estranhos que esperam por ser explicados nesta estranha delação induzida”.

[SAIBAMAIS]

“A verdade prevaleceu ante o primeiro ataque a meu governo e a mim. A verdade, mais uma vez, triunfará”, disse. “Tenho convicção absoluta de que a Câmara dos Deputados encerrará esses últimos episódios de uma triste página de nossa história, em que mentiras e inverdades induziram a mídia e as redes sociais nestes últimos dias. A incoerência e a falsidade foram armas do cotidiano para o extermínio de reputações”, completou o presidente.


Temer diz ainda que lançaram contra ele “ilações, provas forjadas, denúncias ineptas” e que elas foram produzidas “em conluios com malfeitores” e que vai continuar governando o pais até janeiro de 2019.


“Diante dos ataques que se renovam, quero expressar minha indignação e manifestar minha profunda revolta com a leviandade dos que deveriam agir com sobriedade. Tenho orgulho de estar presidente da República pelo que pude fazer até agora. Em resumo, retirei o País da recessão mais grave de toda sua história em pouco mais de ano e quatro meses de governo. Farei muito mais até janeiro de 2019”.


Segundo o presidente, o princípio básico da inocência foi subvertido: “agora todos são culpados até que provem o contrário”. “E nem provas concretas bastam para repor a verdade. A marca indelével da desonra ficará em muitos inocentes que foram atingidos. Luto e lutarei contra qualquer pecha que tentem me colocar neste sentido”, rebateu.


Resposta

Temer disse que a verdade é valor essencial nas democracias e que só regimes de exceção aceitaram acusações sem provas, movidos por preconceito, ódio, rancor ou interesses escusos. “A verdade é valor essencial nas democracias. É sobre ela que se fundam as relações sociais e a força das nossas instituições.”

 

“Fora do compromisso com a realidade, nosso destino é incerto e podemos ser conduzidos a trágicos desastres. A história está repleta de exemplos. Só regimes de exceção aceitaram acusações sem provas, movidos por preconceito, ódio, rancor ou interesses escusos. Lamento dizer que, hoje, o Brasil pode estar trilhando este caminho”, destacou.

Agência Estado

Adriano Nogueira

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