PUBLICIDADE
VERSÃO IMPRESSA

Plano B com Haddad divide opiniões no PT para disputa em 2018

2017-09-11 01:30:00
NULL
NULL

O depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sérgio Moro não apenas fechou o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como escancarou o racha no PT sobre quem encarnará o “plano B” para a eleição de 2018, caso ele seja impedido de entrar na disputa. Embora os petistas não admitam em público a possibilidade de a candidatura Lula ser inviabilizada politicamente ou juridicamente, há grande temor entre alguns dirigentes de que Palocci tenha reunido provas ou indícios do que contou ao juiz Sérgio Moro na quarta-feira da semana passada.


Um advogado e dois amigos de Palocci afirmaram à agência Estado que ele está “lúcido”, “sereno” e “aliviado” com a confissão a Moro. Há ainda a possibilidade de os relatos de Palocci serem corroborados pelo sucessor dele na Fazenda, Guido Mantega, que também negocia uma colaboração.


Nos bastidores, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seria o preferido de Lula para concorrer ao Planalto caso ele próprio seja inviabilizado. Há dúvidas, porém, se Haddad terá a “coragem” suficiente, nas palavras de um dirigente, para defender o partido, um dos mais implicados no maior caso de corrupção da história do País, o dos desvios na Petrobrás.


Além disso, Haddad é definido por integrantes da cúpula do PT como “Dilma de saia”. Trata-se de uma referência ao que muitos classificam como falta de jogo de cintura política da presidente cassada Dilma Rousseff.

Adriano Nogueira

TAGS