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Partidos de oposição descartam aliança com Camilo

2017-09-05 01:30:00
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Partidos aliados do presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB) descartam acordo com o governador Camilo Santana (PT) para as eleições de 2018. Segundo lideranças de PSDB-PR-PSD-PMB, caso o senador decida se reaproximar do grupo dos Ferreira Gomes, fará isso sozinho.


Os rumores de que o peemedebista e o petista ensaiam uma reconciliação de olho na disputa eleitoral se fortaleceram após o PMDB desistir, na semana passada, de expulsar três deputados estaduais por votarem pela extinção do Tribunal e Contas dos Municípios (TCM).

[SAIBAMAIS]

Aliados de Eunício, porém, descartam a hipótese. “Não há a mínima possibilidade de o PSDB estar com o PT”, afirma o tucano Luiz Pontes, presidente estadual da sigla. Para o deputado estadual Capitão Wagner (PR), apoiado pelo senador nas eleições municipais de 2016, o empecilho não é partidário: “Onde estiverem os Ferreira Gomes, eu estarei no lado oposto. Não há a menor condição de eu subir em um palanque com eles”.


Presidente estadual do PR, o ex-governador Lúcio Alcântara tem a mesma posição. “Não há hipótese de nós seguirmos ou termos qualquer vínculo com a situação. Nós estamos firmes como grupo de oposição”, disse.


Quem também negou aproximação com Camilo foi a ex-prefeita Patrícia Aguiar, presidente do PMB. Mãe do deputado federal Domingos Neto, que preside o PSD no Estado, ela disse falar pelos dois: “Nossos partidos vão permanecer na oposição, não vamos votar no Camilo Santana”, respondeu.


Eleições

As legendas, que formam o maior grupo de oposição no Estado, dizem desconhecer quaisquer tratativas de Eunício nesse sentido. Lideranças destacaram reunião organizada pelo PMDB no último dia 2, em Massapê, quando o senador se colocou como nome da oposição para concorrer ao Governo do Estado em 2018.

 

“Eu estive com o Eunício, fomos para o encontro com os partidos da oposição em Massapê e, uma semana depois, acontece isso. Eu não entendo, não acredito”, afirma Pontes. Segundo ele, o nome do senador ainda é o da oposição, mas caso ele saia o grupo “tem muitos outros nomes”.


Quem se beneficia com os rumores é Wagner, que nunca negou desejo de disputar o cargo. “Agora mais ainda, com essa possibilidade. Se de fato isso for verdade, meu nome fica ainda mais forte”, conclui o deputado estadual.


Homem de confiança do senador, o presidente em exercício do PMDB no Ceará Gaudêncio Lucena diz que desconhece aproximação de Camilo e reafirma papel de oposição. “O que ele tem dito é que é candidato a governador, mas que assuntos nas eleições serão tratados em 2018”, avalia.

 

Letícia Alves

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