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Moro nega pedido de Cunha para ficar preso em Brasília

2017-09-25 01:30:00
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O juiz federal Sérgio Moro negou, mais uma vez, pedido da defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para ficar mais tempo preso em Brasília, para onde foi transferido por autorização do magistrado com o fim de prestar depoimento ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal.


Quando foi enviado ao Distrito Federal, em agosto, o peemedebista solicitou permanência definitiva em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda. O pedido, no entanto, foi indeferido por Moro no mesmo mês.


Na sexta-feira, 22, o juiz da Lava Jato voltou a negar, desta vez, um pedido para que Cunha permanecesse em Brasília até as alegações finais do processo pelo qual responde à 10ª Vara Federal, perante ao magistrado Vallisney de Oliveira.


“Descabe a prorrogação da permanência até a apresentação das alegações finais e/ou até a prolação da sentença, eis que tais atos não demandam a presença do acusado perante o Juízo da 10ª Vara Federal de Brasília/DF”, anotou Moro.


O interrogatório de Eduardo Cunha em processo pelo qual responde em Brasília foi adiado para dia 9 de outubro, quando ele deve prestar novo depoimento e voltar para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.


Obstrução de Justiça


O peemedebista está preso em Curitiba desde 19 de outubro de 2016, acusado de obstruir a Lava Jato enquanto permanecia livre. O ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por propinas de U$S 1,5 milhão na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.


Além disso, Cunha é acusado de ter utilizado poderes de presidente da Câmara para eliminar evidências, pressionar testemunhas e criar obstáculos para a investigação da Lava Jato.


Em Brasília, onde está encarcerado para prestar depoimento, Cunha é réu em processo pelo suposto envolvimento em irregularidades na liberação de valores do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). A acusação também ocorre em desdobramento de investigações da Lava Jato


Sépsis


No seu interrogatório, Cunha deverá ser questionado sobre sua suposta atuação junto ao ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa, Fabio Cleto.


Em sua delação premiada, Cleto afirmou que o ex-deputado e o corretor Lúcio Bolonha Funaro intermediavam pagamento de propina para liberação de valores do FI-FGTS para grandes grupos econômicos. (AE)

Adriano Nogueira

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