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Ministro descarta punir general

2017-09-22 01:30:00
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Depois de uma conversa de quase uma hora no Ministério da Defesa, o ministro Raul Jungmann e o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, decidiram ontem encerrar sem punição formal a polêmica criada pelo general da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão, que, em palestra na sexta-feira da semana passada, em uma loja maçônica em Brasília, defendeu a possibilidade de intervenção militar diante da crise política que toma conta do País.


Segundo interlocutores, ficou acertado entre o ministro e o comandante que o general, que é secretário de Economia e Finanças do Exército, não sofrerá penalidade para que não se transforme em um herói interno. Contudo, Villas Bôas, que foi convocado por Jungmann para a reunião, vai chamar Mourão para adverti-lo de que quem fala pelo alto-comando é ele, que sua fala foi inconveniente e que é preciso buscar a estabilidade, legalidade e legitimidade, de forma que o Exército não seja um fator de instabilidade.


O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, participou das negociações para a solução do caso. Mourão deve ir para a reserva daqui a seis meses e é candidato a presidente do Clube Militar, em eleição em maio de 2018.

Adriano Nogueira

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