Maia: atritos serão resolvidos
O presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia, afirmou ontem na convenção do Solidariedade em São Paulo que o assédio do PMDB a políticos que vinham negociando com seu partido, o DEM, “é um problema, mas será resolvido”.
Maia reiterou que a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), enviada à Câmara, seguirá o mesmo rito da primeira.
Anteontem, Maia cobrou mais respeito do Planalto e criticou as manobras do PMDB: “Aliados não podem ficar levando facadas nas costas”.
Segundo o presidente da Câmara, ele e Temer ainda não conversaram sobre o que considerou um avanço do PMDB sobre deputados com quem o DEM vinha negociando.
Recentemente, o partido de Temer conseguiu atrair o senador Fernando Bezerra Coelho (ex-PSB). E pelo menos outros seis deputados do partido, que estavam em negociação para migrar para o DEM, foram procurados pela cúpula peemedebista.
Ontem, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, chamou de “farsantes” os parlamentares do partido que estão migrando para o DEM e para o PMDB.
“Parlamentares socialistas jamais cogitariam ir para o DEM ou para o PMDB, nas condições em se encontra, para apoiar o governo de um cidadão chamado Michel Temer”, afirmou Siqueira.
Em tom de ironia, o presidente do PSB disse ser “natural” que as pessoas se aproximem de quem têm mais afinidade.
Agência Estado
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O juiz Vallisney de Souza Oliveira solicitou e Sergio Moro concordou em prorrogar a permanência do ex-deputado Eduardo Cunha no Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil, em Brasília. O objetivo da permanência do peemedebista é seu interrogatório no âmbito da operação Sépsis. O depoimento estava para ontem, foi postergado para o próximo dia 9 de outubro.
O motivo do cancelamento do interrogatório foi a solicitação da defesa do ex-ministro Henrique Eduardo Alves para ter acesso à delação de Lúcio Funaro.
Adriano Nogueira