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Janot denuncia cúpula do partido de Temer

2017-09-09 01:30:00
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O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) a cúpula do PMDB no Senado sob a acusação de organização criminosa.

O grupo é constituído por lideranças ligadas diretamente ao presidente Michel Temer, também do PMDB.


Entre os nomes estão os senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL), Valdir Raupp (RO), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), o ex-presidente da República José Sarney (MA) e o ex-presidente da Transpetro, o cearense Sergio Machado.

[SAIBAMAIS]

De acordo com a PGR, o grupo tinha o controle das diretorias Internacional e de Abastecimento da Petrobras, além da Transpetro, presidida por Machado, para obter propinas de fornecedores da estatal.


Além da condenação por envolvimento nos crimes, que pode acarretar em até oito anos de prisão, Janot quer a perda dos cargos de quem tem mandato. Ele pede também que os envolvidos paguem cerca de R$ 200 milhões — parte como devolução de desvios e a outra metade como indenização.

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O grupo é acusado de receber propina de R$ 864 milhões e gerar prejuízo de
R$ 5,5 bilhões aos cofres da Petrobras e de R$ 113 milhões aos da Transpetro.


De acordo com a denúncia, os integrantes do grupo queriam arrecadar “recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios”. “Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas”, diz a denúncia.


O outro lado

Em nota, a defesa de Sergio Machado reiterou “que ele continua colaborando com a Justiça”. A contribuição, segundo a defesa, tem alcançado provas sobre crimes envolvendo políticos e fornecedores da Transpetro.

 

Raupp disse que, “como nos demais casos em que foi injustamente acusado, irá demonstrar sua inocência perante esta nova situação”.


Jucá disse que “acredita na seriedade do STF ao analisar as denúncias apresentadas pelo PGR” e que “espera, contudo, celeridade nas investigações”.


Calheiros afirmou que, “para criar uma cortina de fumaça tentando desviar o assunto e encobrir seus malfeitos, o procurador-geral começa a disparar mais denúncias defeituosas”. Já Barbalho alegou que a denúncia “é uma cortina de fumaça”.


A defesa de Lobão e Sarney diz ter recebido a denúncia “com perplexidade” e que espera que o Supremo Tribunal Federal não receba a denúncia.

com agências

Wagner Mendes

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