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Votação da reforma política é adiada pela quarta vez

2017-08-30 01:30:00

Após quase duas horas de reunião, líderes da base e da oposição disseram que ainda não há consenso para votar a reforma política no plenário da Câmara. Deputados se reuniram ontem para tentar viabilizar a aprovação das propostas que tramitam na Casa, mas, novamente, não chegaram a um acordo.


Presidente interino da Câmara, deputado André Fufuca (PP-MA), disse que pretende colocar em votação nesta quarta a PEC relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), que acaba com as coligações nas eleições proporcionais e estabelece uma cláusula de barreira. Ele, no entanto, admitiu que a proposta pode ser derrotada em plenário. A votação já foi adiada pelo menos três vezes. “Você tem 513 cabeças pensantes no Congresso, então é difícil chegar a um consenso em uma matéria. Pode não ter unanimidade, mas tem uma certa unidade. Vamos colocar em votação e aquela medida que tiver a votação necessária, será aprovada, senão, é derrotada”, disse Fufuca.


Os partidos menores não concordam que o fim da possibilidade de formar coligações com outros partidos aconteça já nas eleições de 2018, e sugeriram apresentar um destaque para que essa medida passasse a valer somente em 2020. O PP, no entanto, não aceitou o acordo, e sugeriu que fosse elevada a cláusula de barreira de 2,5% já para 2018. Há ainda menos consenso para votar a PEC relatada do deputado Vicente Cândido, que propõe a adoção do distritão em 2018 e 2020 e a criação de um fundo público para financiamento de campanhas.

AE

Adriano Nogueira

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