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Tasso diz que Aécio "não gostou" de programa

2017-08-23 01:30:00
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O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, disse ontem que, antes de decidir veicular programa do partido que faz autocrítica de posturas recentes, apresentou o conteúdo para algumas lideranças da legenda, entre elas o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso e o presidente licenciado da sigla, senador Aécio Neves.


O mineiro, segundo Tasso, foi o único dirigente do partido que não gostou da peça. Apesar de a bancada mineira no Congresso afirmar que Tasso vai contra “posição majoritária” da legenda, tucanos cearenses garante que o interino te apoio da maioria.

[SAIBAMAIS]

Tasso disse que, apesar de ter “total responsabilidade” sobre o programa, ouviu “outras lideranças do partido”. “As mais representativas em várias instâncias do Senado, da Câmara. Tenho que ser justo com ele (Aécio), que viu, não gostou e reclamou do programa. Foi a única liderança que não gostou”, contou o senador.


Tasso também voltou a dizer que o cargo de presidente tucano está à disposição de Aécio, que tem direito legal de voltar quando desejar. “Meu cargo é interino. Portanto, no dia em que o presidente eleito do partido resolver voltar do afastamento, o cargo é dele, evidentemente”, disse.


O POVO apurou que ronda entre tucanos a possibilidade de troca de presidente interino para aliviar a tensão interna gerada pela veiculação do programa.


Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), entretanto, trata-se ainda de especulação. Segundo ele, não há “movimento interno nesse
sentido”.


“Dos senadores e governadores, Tasso tem uma ampla maioria. Com exceção do Aloysio Nunes, os oito ou nove estão com ele. Também prefeitos de capitais, pelo que detectei, também estão nesse sentido, de que o senador tem a missão e a capacidade de coordenar a bancada (no Congresso) e o partido”, diz o parlamentar cearense.


Presidente estadual da sigla próximo de Tasso, Luiz Pontes afirma que o senador “não sai agora” do comando, a não ser por decisão de Aécio, e aponta briga entre o PSDB original, “aquele do programa”, e um “PSDB de Michel Temer (PMDB)”, que ele chama de “minoria”.


“São pessoas que estavam nos seus cargos, nas benesses e não querem sair. O partido não atacou ninguém (com o programa). Mas tem gente vestindo a carapuça”, disse.

 

Daniel Duarte

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