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Tasso aposta em nova geração

2017-08-26 01:30:00

Mesmo sendo um quadro histórico do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) tornou-se o principal líder dos “cabeças-pretas” - grupo formado majoritariamente por jovens parlamentares tucanos que pregavam o rompimento da legenda com o governo Michel Temer.


A batalha do desembarque foi perdida para os “cabeças-brancas” governistas, mas o senador cearense, que preside interinamente o PSDB, aposta em um nome da nova geração para assumir o comando da sigla na convenção nacional do partido, em dezembro.


“Defendo que seja um nome novo, alguém da nova geração e com mensagem mais fresca”, disse Tasso quando questionado sobre o perfil ideal do próximo dirigente da legenda. “Um cabeça preta de mentalidade”, concluiu, deixando claro que não está “excluindo ninguém”.


O senador afirmou que não pretende se apresentar para a reeleição no PSDB em dezembro, mas há uma forte pressão de parte do partido para que ele mude de ideia.


“Ele é o melhor nome que o partido tem hoje, ele é o cabeça-preta. Tem conduzido o partido de uma forma extremamente correta. Tasso é a pessoa ideal. Vai ter um apelo muito grande para que ele seja (candidato). Se ele continuar dessa forma, não tenho dúvida de que ele será o presidente do PSDB”, defendeu o líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP).


Aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado da sigla, o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) classificou de “simplista” e “populista” a declaração de Tasso de que é preciso eleger um presidente com mentalidade de “cabeça-preta”. “Eu vejo nisso uma expressão populista, se ele usou mesmo esse termo. É um chavão que não consegue traduzir de maneira verdadeira o que acontece no PSDB. É simplista e joga para a plateia. É essa política de jogar para a plateia que queremos combater”, afirmou Sávio, que também é presidente do PSDB em Minas.


“Teve cabeça-preta que votou a favor de Temer e cabeça-branca que votou contra. A pior pessoa pra assumir PSDB é aquele que se submete a uma corrente”, concluiu Nárcio.

Agência Estado

Adriano Nogueira

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