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Camilo chama de "crime" cortes do governo Temer no Bolsa Família

2017-08-15 01:30:00
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O governador Camilo Santana (PT) classificou como um “crime” o maior corte da história do programa Bolsa Família, que afeta a vida de 41.691 famílias apenas no Ceará no último mês de julho.

 

Em entrevista à TV Ceará, o chefe do executivo estadual afirmou que não são os mais pobres que devem pagar a conta da crise econômica do País. “Fiquei muito triste com a notícia que foi veiculada nos meios de comunicação. Pra mim isso é um crime. Na situação do Brasil, quem deve pagar a conta dos erros da má administração do País não é a classe mais pobre, os mais humildes. Infelizmente é o que tá acontecendo”, criticou o governador.


Os cortes no Bolsa Família pelo governo Temer atingiram 543 mil benefícios em todo o Brasil, na maior redução de beneficiários da história do programa. O Ceará foi o Estado com o quarto maior número de exclusões do programa, atrás apenas de São Paulo (100.699), Bahia (57.451) e Minas Gerais (47.227).


Fortaleza registrou o maior corte, de 12.252 famílias, seguida por Caucaia (2.260), Maracanaú (926) e Maranguape (722). Todos os 184 municípios tiveram redução. No Ceará, já foram mais de 70 mil cortes desde março, o que faz com que o Estado tenha o menor número de beneficiários da década (965.342).


Ao todo, o programa pagou 12.740.640 famílias em julho. O número de bolsas pagas foi o menor desde julho de 2010, quando foram pagas 12.582.844 bolsas. Se compararmos julho de 2014 com o mesmo mês de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas. O Bolsa Família foi criado em 2004, com a unificação de vários programas.


Conforme o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o valor médio do benefício foi reajustado em 12,5% no ano passado.Em outubro de 2016, de acordo com o MDS, foi realizado “o maior pente fino da história” do programa.


Para participar do programa, a família precisa ter renda per capita de até R$ 85 por mês; ou que ter renda per capita entre R$ 85,01 e R$ 170 mensais, mas que tenha filhos entre 0 e 17 anos.


Culpando o passado

O MDS afirmou que o corte ocorreu porque as famílias não atendiam mais aos critérios de inserção do programa. Principalmente em relação à renda per capita familiar. A pasta destacou que a “condução desastrosa da política econômica brasileira e a irresponsabilidade fiscal do governo Dilma Rousseff (PT) ainda geram impacto na vida dos brasileiros sobretudo da parcela mais vulnerável da população”. Conforme o ministério, existem 551 famílias aguardando a concessão do benefício.

 

Adriano Nogueira

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