PUBLICIDADE
VERSÃO IMPRESSA

Temer se reúne com presidente da Fiesp

2017-07-24 01:30:00
NULL
NULL
[FOTO1]

Após criticar duramente a alta de impostos anunciada pelo governo na semana passada, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, se reuniu neste domingo, 23, durante quatro horas com o presidente da República, Michel Temer.

[SAIBAMAIS]

Skaf deixou a residência de Temer no Alto de Pinheiros em São Paulo sem falar com a imprensa. Na última quinta-feira a Fiesp divulgou nota assinada por Skaf afirmando estar “indignada” com a decisão da equipe econômica de aumentar impostos para tentar cumprir a meta fiscal da União em 2017.


“Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho”, diz a nota.


Além disso, a federação inflou, na frente de sua sede em São Paulo, o pato amarelo, símbolo da campanha movida contra a alta de impostos no País.


O governo elevou o PIS/Cofins sobre os combustíveis e espera arrecadar mais R$ 10 bilhões com a medida. A entidade criticou ainda o aumento de gastos do governo e afirmou que a alta dos tributos não vai resolver a crise, mas agravá-la ainda mais.


Paulo Skaf é do PMDB, mesmo partido de Michel Temer, e chegou a disputar o governo de São Paulo pela legenda em 2014. Ele chegou à residência do presidente por volta das 13h30min e saiu às 17h30min.

Equipe econômica


Além da reunião com Skaf, Temer recebeu o economista e ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, seu advogado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nenhum deles quis falar com a imprensa após a reunião.


O advogado defende o presidente das acusações da delação da JBS.

Recentemente ele declarou que Temer não cometeu crime e que a denúncia de corrupção passiva da Procuradoria-Geral da República é baseada em suposições.


Já a presença dos dois economistas ampliou especulações sobre possível saída de Meirelles do cargo. Desde o anúncio do aumento de impostos na última semana, o ministro tem sido alvo de fortes críticas do mercado.


Apesar dos encontros, agenda de Temer neste domingo não previa quaisquer compromissos. (das agências)

Adriano Nogueira

TAGS